No domingo 29, o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, participou de evento jovem no domingo 29 em que havia forte presença de pessoas LGBT.
Curta o Guia Gay São Paulo no Facebook
O evento foi realizado no Parque de Trillo com intenção de reforçar o apoio da juventude à revolução socialista cubana e combater o que é chamado pelo governo de Movimento de San Isidro, que teria como intenção desestabilizar politicamente o país.
O presidente teria aparecido de surpresa e confessou que ter recebido recomendação de não ir para não tirar o caráter espontâneo do encontro agendado por redes sociais.
Nas fotos divulgadas pelo site Granma, órgão de comunicação do Partido Comunista de Cuba, é possível ver bandeiras do orgulho LGBT e flâmulas trans.
A diretora do Centro Nacional de Educação Sexual (Cenesex), Mariela Castro Espin [ao centro na primeira foto], também divulgou fotos de jovens com bandeiras arco-íris e agradeceu o apoio.
"A juventude fidelista [referência a Fidel Castro] se importa com o presente e com o futuro. Muito emocionada e profudamente agradecida."
Mariela é a maior apoiadora da comunidade LGBT no país e sobrinha de Fidel Castro, um dos responsáveis pela revolução que instalou o socialismo na ilha.
Reportagem do Granma não registra fala de Díaz-Canel Bermúdez sobre LGBT.
Os trechos do discursos descritos dizem respeito à resistência do povo em defesa da independência do país e contra o imperialismo dos EUA.
O chamado Movimento de San Isidro diz respeito à prisão de Danis Solis. Alguns artistas da cidade iniciaram greve de fome pela libertação de Danis, qualificado por eles como rapper que teria sido detido por censura.
A versão do governo é outra: Danis é um contrarrevolucionário que desafiou as autoridades do Estado, e tanto ele quanto seus apoiadores, moradores do bairro de San Isidro, fazem parte de tentativa de sujar a imagem de Cuba e recebem financiamento do governo dos EUA para a falsa acusação.
A juventude LGBT que foi ao evento no domingo 29 apoiar a versão do Partido Comunista de Cuba, que comanda as instituições governamentais.
No país há lei nacional contra discriminação que afeta LGBT e reconhecimento da identidade de gênero de pessoas tran, mas casais do mesmo sexo não podem se unir oficialmente.