O embate da Rede Globo com os conservadores faz nova vítima. Rogéria, cujo nome consta na abertura de Babilônia desde o início, em março, não estará mais na novela.
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A participação da artista, segundo o colunista Leo Dias, do jornal O Dia, foi suspensa. Não é de todo uma surpresa. O folhetim já passou do capítulo 70 e Rogéria entraria por volta do 40º capítulo pela previsão inicial, antes da rejeição que Babilônia sofreu por evangélicos e conservadores em geral.
Após os baixos índices históricos para uma novela das nove, a emissora realizou grupos de discussão e o resultado, no que toca às tramas LGBT, foram o veto a beijos entre o casal lésbico (vivido por Fernanda Montenegro e Nathália Timberg) e a "cura gay" do personagem Marcos Pasquim, que passou a ser hétero.
Há um mês, Rogéria afirmou que continuava recebendo todos os capítulos da trama, mas não fazia ideia de quando começaria a gravar. Sua personagem, Úrsula Andressa, seria uma veterana do show business que viveria em choque com Ivete (Mary Sheila), a síndica do Sereia do Leme, o edíficio em que moraria.
Curiosamente, dias antes de Babilônia estrear, a atriz recebeu críticas da militância LGBT e nas redes sociais por dizer que homofobia não é algo tão grave no Brasil. "Todo mundo reclama de homofobia, mas tenho 71 anos e estou no horário nobre. Por onde passo, só recebo carinho e reconhecimento das pessoas", disse ao jornal O Globo.
É, agora o melhor que Rogéria tem a fazer com o tempo vago que abriu em sua agenda é repensar aquele diagnóstico.