Está posto: quem deseja governar o Rio deve falar sobre a Parada do Orgulho LGBT. Na sexta 7, o evento foi tema no debate realizado pela Band entre os dois prefeituráveis no segundo turno: Marcelo Crivella (PRB) e Marcelo Freixo (Psol).
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A bola foi levantada no primeiro turno, quando o candidato Flávio Bolsonaro (PSC) disse que não daria apoio à marcha. Nesta sexta, no debate, o morador do Rio Israel Leite perguntou aos dois candidatos se financiariam a parada e o carnaval. As respostas foram positivas.
Crivella, bispo licenciado da Igreja Universal, falou do caráter plural da manifestação. "Eu já disse aqui que tentaria manter as expressões democráticas. No caso do carnaval, o investimento de R$ 16 milhões volta aos cofres do município. No caso da parada gay (sic), existe preocupação enorme na população do Rio de Janeiro com essas minorias que sofrem da questão da homofobia. É muita humilhação que passam por conta de grupo radicais. Não digo que a prefeitura coloque dinheiro, mas que mantenha limpeza, segurança... Não é aí que vamos conseguir cortar recursos. Prefiro cortar nas secretarias."
Freixo corrigiu Crivella ao dizer que a parada também gera recursos econômicos à cidade, e também reforçou a importância da cidadania. "Carnaval dá retorno em dinheio, mas a parada também dá. Todos os estudos mostram que a parada trouxe grandes recursos ao Rio de Janeiro. Mas não é essa a razão de a gente manter o apoio. A parada gay (sic) é um instrumento pedagódico de combate à intolerância. Não são poucos os crimes de homofobia, não são poucos os crimes contra transexuais, contra travestis. É papel do Poder Público enfrentar isso."
Aí está o futuro. Mas o presente é cinza: por falta de apoio governamental, a parada do Rio, a mais antiga do Brasil, não será realizada este ano!