A uma semana do segundo turno das eleições e muito atrás nas pesquisas, Marcelo Crivella (PRB) reviveu o "kit gay" contra seu oponente, Eduardo Paes (DEM), na campanha pela Prefeitura do Rio de Janeiro.
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Panfletos distribuídos nas ruas da cidade esta semana mostram Paes ao lado do deputado federal Marcelo Freixo (Psol-RJ) com os dizeres: "Eduardo Paes e seus amigos defendem: legalização do aborto, liberação das drogas, kit gay nas escolas".
O chamado "kit gay" foi uma das "fake news" mais usadas pela campanha de Jair Bolsonaro (sem partido) à Presidência da República em 2018 contra Fernando Haddad (PT).
Trata-se, na verdade, do livro Aparelho Sexual e Cia., que jamais foi destinado a escolas e tem foco em jovens de 11 a 15 anos.
A obra, que já vendeu mais de 1,5 milhão de exemplares no mundo, foi adquirida pelo governo brasileiro, na gestão de Haddad como ministro da Educação. Apenas 28 cópias foram compradas e destinadas a biblioteca públicas.
Segundo o site O São Gonçalo, Paes chamou Crivella de "pai das mentiras" e Freixo afirmou que irá processar o prefeito do Rio.
"Você é o pior prefeito da história do Rio de Janeiro. Você é um ser rastejante e mesquinho. O Rio de Janeiro vai se despedir de você dizendo que tem nojo de você e das suas mentiras", escrveveu Freixo.
Pesquisa Datafolha do último dia 19 aponta que Paes tem 71% dos votos válidos e Crivella, 29%.