Por Edson Souza
Assim como alguns dos principais eventos cinematográficos europeus - festivais de cinema de Berlim e de Cannes -, o Oscar poderia incluir filmes com temática LGBT para concorrer à estatueta. Já houve edições mais arco-íris da premiação norte-americana, mas em 2014, as cores são pálidas.
O único destaque do Oscar deste ano para um filme com personagem LGBT é o ótimo Clube de Compras Dallas, com Jared Leto interpretando uma travesti e que concorre como melhor ator coadjuvante, e Matthew McConaughey, na disputa pelo prêmio de melhor ator. Seu personagem é um heterossexual infectado pelo HIV.
A obra estreia no Brasil em 21 de fevereiro e fala de como um grupo de soropositivos lutou para conseguir medicamentos na era pré-antirretrovirais. A boa notícia é que os dois são os favoritos a vencer.
Apesar dos bons filmes estrangeiros com temática LGBT nenhum foi indicado para concorrer à estatueta. Obras como: Azul é a Cor Mais Quente (França), Os Amantes Passageiros (Espanha), In the Name of (Polônia), Tatuagem (Brasil) e muitos outros. A culpa pode ser atribuída aos países de origem das produções, que não elegeram as películas LGBT como seus representantes na disputa do prêmio máximo da indústria de cinema dos Estados Unidos.
Em edições anteriores, a Academia já lembrou e agraciou com a estatueta dourada vários longas sobre histórias LGBT. Como não esquecer de O Segredo de Brokeback Mountain (2005) e O Beijo da Mulher Aranha (1985), por exemplo?
De toda forma, o universo homo será bem representado na 86ª edição do Oscar, que ocorre em 2 de março: a lésbica e divertidíssima Ellen DeGeneres é, novamente, a mestre de cerimônia da premiação.