Globo News debate homofobia e lança campanha pró-LGBT

Jornal Edição das 10 falou sobre violência contra os arco-íris e demora da aprovação de leis que punam esses crimes

Publicado em 28/06/2016
Globo News lança campanha no Dia Mundial do Orgulho LGBT
Campanha pede que seguidores usem a hashtag #SomosTodosOsGêneros

No Dia Mundial do Orgulho LGBT, celebrado nesta terça-feira 28, a Globo News lançou uma campanha em prol do respeito às diferenças.

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Chamada de #SomosTodosOsGêneros, a campanha está sendo divulgada nos perfis do Facebook e do Twitter do canal por assinatura e em sua programação televisiva.

Nos estúdios da emissora, no Rio de Janeiro e em São Paulo, foram recebidos militantes LGBT e um quarto do jornal Edição das 10 foi dedicado a um debate sobre o tema.

O publicitário Caio Rocha, vítima de espancamento pelos seguranças do Centro de Tradições Nordestinas, em São Paulo, há poucas semanas, relatou novamente a agressão homofóbica e denunciou a dificuldade de atendimento por policiais - tanto no momento da violência como depois - ele só conseguiu fazer um boletim de ocorrência 24 horas depois.

A respeito do expressivo número de 2.964 casos de violações ocorridos contra LGBT em 2015 (dados da Secretaria Especial de Direitos Humanos), o presidente da Associação Mix Brasil, André Fischer, discorreu sobre duas possíveis causas.

"A primeira mudança é que as pessoas começaram a relatar a agressão que sofrem. E também por conta da visibilidade ter aumentado, existe uma reação contrária muito forte também", disse.

Fischer ainda destacou que é necessária lei contra a discriminação a LGBT assim como existe para outras minorias. "A população LGBT é uma população vulnerável. Precisa existir proteção como acontece com outras minorias. O preconceito ocorre de forma velada, mas também de maneira explícita. A gente tem direito a se casar, a adotar, mas não tem direito à segurança contra agressão verbal e física."

Sobre a demora pela aprovação do PL 5002/2013, a Lei João W. Nery - Lei de Identidade de Gênero, o titular da Coordenação Especial da Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio de Janeiro, Carlos Tufvesson, acredita que a falta de informação é um dos maiores empecilhos. "Além de pessoas que vivem com preconceito embutido", enfatizou. O projeto, de autoria dos deputados Jean Wyllys (Psol-RJ) e Erika Kokay (PT-DF), garante direitos às pessoas transgêneros.

Tufvesson destacou que nos últimos dias, seis pessoas foram assassinadas por crime de ódio na capital fluminense e que pesquisa recente feita no Rio de Janeiro identificou que 89% das travestis e transexuai que estão na prostituição gostariam de ser inseridas no mercado formal de trabalho.


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