Evangélicos adiam eleição na Comissão de Direitos Humanos

Deputados desrespeitaram acordo e definição da presidência ficou para próxima semana

Publicado em 04/03/2015
Tumulto tomou conta da sessão que foi adiada
Tumulto tomou conta da sessão que foi adiada. Foto: Agência Câmara

A bancada evangélica conseguiu tumultuar a eleição para presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados, na quarta-feira 04.

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O PT possuía a prerrogativa de escolher a presidência e já havia indicado o deputado Paulo Pimenta (RS). Ou seja, já estava tudo acertado. No momento da sessão, no entanto, o deputado Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ), amigo do homofóbico Silas Malafaia (que se desdobrou em fazer campanha para ele nas últimas eleições) se lançou como candidato avulso.

O deputado Assis do Couto (PT-PR), que presidia a sessão, indeferiu a candidatura evocando o acordo entre os partidos de que a CDHM ficaria com o Partidos dos Trabalhadores.

A sessão foi suspensa por meia hora para que houvesse consenso. Como não se chegou a ele e, sim, a um tumulto, Couto convocou nova sessão para a quarta-feira 11.

Não contentes por terem tomado conta da comissão em 2013 e aprovado absurdos como a cura gay durante a presidência de Marco Feliciano (PSC-SP), em 2013, parlamentares evangélicos não estão medindo consequências, inclusive desrespeitando acordos políticos, na tentativa de tomar o poder e diminuir ainda mais os direitos LGBT. 


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