Discriminação contra LGBT cai no DF, mas ainda preocupa

Pesquisa também mostra que pessoas trans e mulheres bi e homo sofrem mais preconceito

Publicado em 24/06/2016
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Queda foi de 20% em nove anos. Entretanto, ainda um em cada dois LGBT ainda são discriminados

Um pouco melhor, mas longe do satisfatório. Pesquisa da Associação da Parada do Orgulho LGBTS de Brasília divulgada na sexta 24 mostrou que a discriminação contra LGBT caiu na capital brasileira. Em 2007, levantamento constatou que 64% do segmento tinha sido vítima de preconceito. O estudo de 2016 mostrou que o índice caiu para 51,4%. A queda foi de 20%. O DF é a única Unidade da Federação do Brasil a ter esse comparativo. 

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A pesquisa foi financiada por meio de doações de gays e realizada por voluntariado e parceria com a Strategos, Empresa Júnior de Consultoria Política da Universidade de Brasília. Foram entrevistados 375 LGBT em locais de frequência arco-íris do Distrito Federal em neste mês. A coordenação geral foi do integrante da coordenação da associação da parada e sócio-proprietário da Guiya Editora, Welton Trindade. 

Para Trindade, o levantamento evidencia que, aos poucos, o respeito à diversidade tem ganho espaço, mas o trabalho para superar a intolerância deve continuar. "Não se pode aceitar que ainda um de cada dois LGBT tenham sofrido discriminação. Nossa comemoração aí dura pouco ao ver ainda o quanto há preconceito.”

Outro dado preocupante encontrado pelo estudo é o alto nível de discriminações que não são denunciadas. Dentre a amostra entrevistada e que sofreu preconceito, 87% disseram não terem feito relatos oficiais sobre o ocorrido, seja policial, alguma autoridade pública ou responsáveis por ambientes de trabalho ou estudo.

Dos 375 respondentes, 58,1% foram homens cisgêneros homo ou bissexuais, 29,8% de mulheres cisgnêneros homo ou bissexuais e 4,5% de travestis, transexuais e transgêneros. As proporções foram definidas com base na pesquisa sobre sexualidade Mosaico Brasil (2008), da USP, que traçou perfil com base na orientação sexual dos moradores do DF. Travestis, transexuais e transgêneros, que dizem respeito a identidade de gênero, tiveram inclusão na pesquisa de forma aleatória e de acordo com presença nos locais pesquisados.


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