Dilma volta a falar contra homofobia, mas falha em um ponto

Dentre as frases da presidente está de que o ódio não é liberdade de expressão

Publicado em 21/09/2015

Na sexta-feira 18, a presidente Dilma Rousseff, em meio a grave crise política, divulgou pronunciamento em que se posicionou contra toda forma de discriminação. A homofobia foi citada pela mandatária. 

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Postado apenas no Facebook, o vídeo de 1min15 tem como foco a reprovação à discriminação. “Quero expressar aqui o meu repúdio a toda forma de ódio contra quem quer ou o que quer que seja”, falou Dilma.

 
MAIS TOLERÂNCIA

Expresso aqui o meu repúdio a toda forma de ódio contra quem quer ou o que quer que seja. O nosso governo seguirá combatendo a xenofobia e qualquer tipo de intolerância. Seguirá combatendo o racismo, a homofobia e a violência contra as mulheres.

Posted by Dilma Rousseff on Sexta, 18 de setembro de 2015

 

Em outro momento, ela disse que "ódio não é liberdade de expressão". A ideia é um dos principais argumentos dos movimentos de direitos humanos frente à intolerância na internet. 

O post do vídeo foi o mais compartilhado da semana no Facebook presidencial e um dos mais curtidos, mas há um problema no pronunciamento: a chefe do Poder Executivo não cita uma só ação concreta ou uma promessa de seu governo no sentido de efetivar suas palavras. 

Nas eleições de 2014, Dilma comprometeu-se a atuar pela aprovação da criminalização da homofobia. Entretanto, na atual situação, sem nenhuma base de apoio no Congresso Nacional, pedindo apoio a partido homofóbico e ameaçada de impeachment, o cumprimento da meta beira o improvável. 

E aí, satisfazer-se com o compromisso ou indignar-se pela falta de algo que possa ser cobrado?


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