A vida e obra de um dos nossos maiores artistas e ativistas LGBT das décadas de 1950 a 1980 será apresentada com uma nova visão na mostra Darcy Penteado, o Observador do Humano, que abre nesta quinta-feira 28 no Museu da Diversidade Sexual.
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São mais de 30 painéis com figuras humanas em tamanho natural que representam os personagens que Darcy Penteado retratou ao longo da vida. Artista plástico, escritor, cenógrafo e fiigurinista, ele trabalhou em dezenas de peças teatrais, muitas no auge do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), nos anos 1950, e foi um das figuras mais importantes da cena cultural paulistana nessa época.
Sua verve ativista se destacou nos anos 1970 quando participou do icônico Lampião da Esquina, a primeira publicação gay brasileira (que reuniu nomes como Aguinaldo Silva e João Silvério Trevisan) e na luta pelo combate à aids, que o vitimou, aos 61 anos, em 1987, no auge da epidemia.
De acordo com o curador da exposição, Celso Curi, Darcy Penteado sempre manifestou o seu talento por meio da observação generosa da raça humana. "Com elegância e precisão ele retratou o seu tempo, sem preconceitos. Sem medo de perder seu público mais fiel, assumiu sua sexualidade no final dos anos 1970 e foi um batalhador incansável pelos direitos dos homossexuais e da luta pela conscientização sobre a epidemia da aids."
Para Franco Reinaudo, diretor do Museu da Diversidade Sexual, a exposição valoriza a diversidade sexual e a luta pelos direitos cultivados pela instituição. "Recuperar a obra e a história do artista Darcy Penteado dá sentido à existência do Museu da Diversidade Sexual, que tem como missão preservar a memória da população LGBT."
Imperdível para os amantes das artes e para conhecer melhor nossa história arco-íris, a exposição fica em cartaz até 8 de maio. Mais informações você tem em nossa Agenda.