Peterson Ricardo de Oliveira, de 14 anos, que morreu na segunda-feira 09, foi pisoteado e chamado de 'filho de viado' por alunos de uma escola pública em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo.
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Os colegas do garoto confirmam a versão de um dos pais de Peterson, Marcio Nogueira, que disse que o menino foi agredido por ser filho de pais gays.
Ao portal R7, J.S., de 11 anos, disse que presenciou a briga. "Foi assim: os meninos do corredor da morte falaram ‘vai, seu filho de viado’, aí o Peterson disse ‘não fala assim do meu pai, respeita meu pai’, e a briga começou", conta.
Outro aluno, A.L., afirmou, à reportagem, que os garotos que agrediram Peterson o derrubaram no chão e pisaram em seu peito, o que teria provocado a lesão no tórax que resultou na sua morte. "Eles apertaram o peito do menino. Todo mundo fica com medo de separar e não tem nenhuma 'tia' [funcionária] para separar".
Durante o velório do filho, Nogueira deu a sua versão: "Bateram nele no corredor onde ficam alunos de um lado e de outro batendo em quem passa. Eles disseram que ele subiu para a sala de aula e começou a passar mal. Abriu a porta e saiu gritando 'vou morrer, vou morrer, eu não quero morrer. Me ajuda, me socorre.' Foi a hora em que me chamaram na escola".
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo disse que não houve agressão dentro da escola. A Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) informou que o caso é investigado pelo delegado Eduardo Boigues Queroz, titular da Delegacia de Homicídios de Itaquaquecetuba.