O ano é novo, mas o pesadelo é conhecido. A bancada evangélica pode ter novamente a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados. O trauma que foi suportar o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) na liderança da comissão não parece ter assustado parte do PT.
Em reunião na segunda-feira, 03, o PT, que tem preferência na escolha de comissões para presidir por ser a maior bancada, não decidiu se vai querer voltar à CDHM. Os parlamentares expressaram apenas a certeza de querer liderar a Comissão de Constituição e Justiça.
Sobre as outras duas vagas, significativa parte do petistas querem a comissão de Agricultura, de Educação, de Seguridade Social e Família ou de Finanças e Tributação. Uma outra parte dos parlamentares, entretanto, luta para que a CDHM fique sob gestão do PT e não corra o risco de ficar com conservadores.
O problema é que se o PT não quiser a CDHM, a chance passa ao PMDB, que já disse não ter interesse na Comissão de Direitos Humanos. Foi esse desinteresse que deu chance de o PSC fazer um trabalho vergonhoso em direitos humanos no parlamento em 2013 frente ao principal espaço de articulação em prol da cidadania.