Acusada de defender cura gay, Marisa Lobo reconquista título de psicóloga

Presidente da ABGLT critica decisão e a chama de retrocesso

Publicado em 22/05/2015
Conselho Federal de Psicologia devolveu título de psicóloga a Marisa Lobo, que acredita na cura gay
Marisa Lobo insiste que não cura gays, mas diz que "dou direito ao sujeito dele existir da maneira que ele próprio desejar"

Conhecida por acreditar na cura gay, a psicóloga Marisa Lobo conseguiu o direito de voltar a exercer sua profissão.

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Marisa, que teve seu registro cassado pelo Conselho Regional de Psicologia do Paraná, em maio de 2014, foi julgada nesta sexta-feira, 22 pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP), em Brasília.

A psicóloga informou ao Portal Guiame que nenhum dos 17 grupos que a acusaram ou fizeram representações contra ela, foi ao julgamento. Durante os últimos anos em que esteve na mira dos defensores de direitos LGBT, Marisa recebeu apoio de Silas Malafaia, o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) e da jornalista Raquel Sheherazade, trio conhecido por suas posições retrógadas.

"Eu sou psicóloga e cristã! Eu não nego a minha fé!", declarou Marisa durante o julgamento. "Também quero afirmar que nunca 'curei gay', nunca tratei a homossexualidade como 'doença' ou com qualquer outro tipo de preconceito. Também afirmo que ex-homossexuais existem. Isto não é objeto de ocupação minha. Eu, apenas, como psicóloga especializada em Direitos Humanos dou o direito ao sujeito, dele existir da maneira que ele próprio desejar".

Por meio de rede social, Carlos Magno, presidente da Associação de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), lastimou a decisão do CFP. "Lamentável decisão do Conselho Federal de Psicologia. No momento de estatuto da família, internação compulsória e cura gay, o fundamentalismo religioso sai fortalecido para continua na sua investida de retrocesso. Lamentável!", disse.


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