Conhecida por acreditar na cura gay, a psicóloga Marisa Lobo conseguiu o direito de voltar a exercer sua profissão.
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Marisa, que teve seu registro cassado pelo Conselho Regional de Psicologia do Paraná, em maio de 2014, foi julgada nesta sexta-feira, 22 pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP), em Brasília.
A psicóloga informou ao Portal Guiame que nenhum dos 17 grupos que a acusaram ou fizeram representações contra ela, foi ao julgamento. Durante os últimos anos em que esteve na mira dos defensores de direitos LGBT, Marisa recebeu apoio de Silas Malafaia, o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) e da jornalista Raquel Sheherazade, trio conhecido por suas posições retrógadas.
"Eu sou psicóloga e cristã! Eu não nego a minha fé!", declarou Marisa durante o julgamento. "Também quero afirmar que nunca 'curei gay', nunca tratei a homossexualidade como 'doença' ou com qualquer outro tipo de preconceito. Também afirmo que ex-homossexuais existem. Isto não é objeto de ocupação minha. Eu, apenas, como psicóloga especializada em Direitos Humanos dou o direito ao sujeito, dele existir da maneira que ele próprio desejar".
Por meio de rede social, Carlos Magno, presidente da Associação de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), lastimou a decisão do CFP. "Lamentável decisão do Conselho Federal de Psicologia. No momento de estatuto da família, internação compulsória e cura gay, o fundamentalismo religioso sai fortalecido para continua na sua investida de retrocesso. Lamentável!", disse.