Há muito comentava-se nos bastidores sobre uma suposta relação lésbica entre Whitney Houston e sua amiga, Robyn Crawford. Agora, o affair foi confirmado.
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No livro A Song for You: My Life with Whitney Houston ("Uma canção para você: minha vida com Whitney Houston"), Robyn fala do relacionamento íntimo delas.
As duas se conheceram em 1980 quando ambas eram monitoras em um acampamento de verão, no Estado norte-americano de New Jersey. Robyn tinha 19 anos e Whitney, 17.
Robyn disse a amiga: "Eu vou cuidar de você". Ela afirma no livro, que teve trechos divulgados pela revista People: "Queríamos ficar juntas. E isso significava apenas nós".
"Nós nunca falamos sobre rótulos, como lésbica ou gay", conta. "Nós só vivíamos nossas vidas e eu esperava que tivesse sido daquele jeito para sempre."
O relacionamento sexual foi encerrado por Whitney assim que ela assinou com uma grande gravadora.
"Ela disse que se as pessoas descobrissem sobre nós, elas usariam isso contra a gente. E lá nos anos 80, era assim que a gente se sentia. Então, mantive isso em segredo. Encontrei conforto no meu silêncio", relembra.
Robyn fala que a mãe de Whitney, a cantora Cissy Houston, também não aprovava o relacionamento delas. "Whitney me contou que a mãe dela disse que não era natural duas mulheres serem tão próximas."
Whitney conquistou seu primeiro grande sucesso em 1985 com You Give Good Love, que chegou ao número 3 do Top 100 da Billboard. A canção faz parte de seu primeiro álbum, homônimo. Na sequência, viriam sete números 1 consecutivos entre aquele ano e 1988.
"Whitney sabia que eu a amava e eu sabia que ela me amava. Nós realmente signficávamos tudo uma para a outra. Nós juramos estarmos lá uma para a outra", diz Robyn.
A amizade entre elas permaneceu por décadas. Em 1989, a artista conheceu o cantor Bobby Brown. Eles se casaram três anos depois e tiveram uma filha, Bobbi Kristina, em 1993. No início da década seguinte, apareceram publicamente os problemas com drogas da cantora.
Ela foi encontrada morta na banheira de um hotel em 2012, aos 48 anos. A morte foi tida como acidental. Ela havia consumido várias drogas, como piscotrópicos e maconha.
Sobre a razão de escrever o livro, Robyn disse: "Cheguei em um ponto em que senti a necessidade de me posicionar pela nossa amizade. Eu senti a urgência de me levantar e compartilhar com todos a mulher que existia por trás daquele talento incrível."
"Eu queria elevar o talento dela, respeitá-la e compartilhar a história de quem era era antes da fama e, nisso, ressaltar a nossa amizade."