Madonna foi a grande homenageada da noite na cerimônia do Glaad Media Awards, neste sábado 4, em Nova York.
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A cantora recebeu o Advocate for Change Award, honraria dada antes somente ao ex-presidente norte-americano Bill Clinton.
Em seu discurso, Madonna falou da referência que tem da comunidade gay, desde a adolescência em Detroit, nos Estados Unidos, e do quanto os homossexuais impactaram sua vida.
"Quando cresci, sempre me senti como uma 'outsider', como se eu não me encaixasse. Não era porque eu não depilava minhas axilas, eu simplesmente não me encaixava", disse.
"O primeiro homem gay que conheci se chamava Christopher Flynn. Ele era meu professor de balé no ensino médio e ele foi a primeira pessoa que acreditou em mim."
"Isso me fez sentir especial como bailarina, como artista e como ser humano. Eu sei que isso parece trivial e superficial, mas ele foi o primeiro homem a me dizer que eu era linda."
"Ele me levou ao meu primeiro clube gay no centro de Detroit. Eu disse ao meu pai que eu iria a uma festa do pijama na casa de uma amiga - isso me fez ficar de castigo pelo resto do verão."
Uma das mais antigas defensoras da causa HIV/aids, Madonna também falou sobre o tema. Em 1989, no auge da epidemia, a cantora falou sobre o assunto no encarte do álbum Like a Prayer.
"Depois que eu perdi meu melhor amigo e colega de quarto Martin Burgoyne e depois Keith Haring, feliz aniversário Keith, eu decidi pegar o touro pelos chifres e realmente revidar."
A Glaad (Associação de Gays e Lésbicas contra a Difamação) é uma das maiores entidades LGBT dos Estados Unidos.
Um trecho do discurso foi disponibilizado pela associação no YouTube: