A moda é feita por pessoas que vão além, que estão à frente de seu tempo, mas também de outras que pararam no passado, seres pouco evoluídos.
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Um deles é Stefano Gabbana. O estilista, um dos criadores da Dolce & Gabbana, disse que não quer ser chamado de homossexual.
Aos 55 anos, Gabbana acredita que o termo foi inventado para rotular pessoas. "Eu penso que, como uma pessoa famosa, posso ajudar a espalhar uma nova cultura, não mais baseada em direitos gays, mas em direitos humanos", disse ao jornal Corriere della Sera.
Ao Daily Mail, o estilista ainda afirmou que não precisa da proteção de entidade de defesa de LGBT. "Eu não quero ser protegido porque não fiz nada de errado".
A falta de orgulho por sua condição sexual de Gabbana encontra correspondentes principalmente em gays mais velhos, como Ney Matogrosso, que este ano declarou "Que gay o caralho. Eu sou um ser humano".
O estilsta já tem histórico contra a luta pelos direitos LGBT. Em 2015, ele e Domenico Dolce, que já foram um casal e hoje são sócios, disseram ser favoráveis à "família tradicional" chamando as crianças que nascem por inseminação artificial de "filhas da química, crianças sintéticas".
A declaração atingiu em cheio Elton John, que tem doi filhos gerados dessa maneira, que iniciou um boicote à marca. Celebridades como Madonna, Ricky Martin e Courtney Love se pronunciaram contra os estilistas. Meses depois, a dupla disse que fez um "exame de consciência" e pediu desculpas.