Morreu na sexta-feira 23, aos 76 anos, o estilista francês Claude Montana.
No mundo da moda, sua homossexualidade era conhecida. Por isso, Montana deixou todos surpresos quando em 1993 anunciou que se casaria com a modelo Wallis Franken.
Segundo a W Magazine, a união foi vista por muitos como de conveniência e o estilista tinha objetivo de atrair mais compradores para sua marca desfilando com uma mulher ao seu lado.
Já o também designer Olivier Echaudemaison disse que Montana se casou com Wallis como "um gesto de bondade", já que ela, à época com cerca de 46 anos, "não tinha mais futuro na moda".
Montana e Wallis eram amigos há quase duas décadas e ela serviu de inspiração para várias de suas coleções. Wallis já tinha duas filhas e uma neta quando eles se casaram. A modelo se suicidou atirando-se do terceiro andar de seu apartamento em Paris.
Filho de pai alemão e mãe espanhola, Montana deixou Paris ainda adolescente por sentir que não corresponderia aos anseios de ambos, que sonhavam para ele uma carreira tradicional. Seu irmão era químico.
Em Londres, ele trabalhou para diversas casas de moda, até fundar a sua própria em 1979.
Obcecado por ombros largos, Montana se tornou - junto a Thierry Mugler - como símbolo dos anos 1980 ao criar blusas, jaquetas e casacos com ombreiras cada vez maiores.
Apesar do enorme sucesso, o estilista não tinha expertise para finanças. Aliado a isso, ele também teria se viciado em álcool e cocaína, o que fez com que declarasse falência em 1997.
Muitos também atribuíram seu fracasso por não querer se adaptar a novas tendências, à medida que o minimalismo tomava conta das passarelas.
Montana se retirou da moda e passou a ser visto ocasionalmente por quem frequentava a região do Louvre, onde vivia na capital francesa.
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