Uma das pessoas pioneiras na moda mundial, Pierre Cardin morreu, na terça-feira 29.
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O estilista estava com 98 anos e internato em um hospital de Neuilly-sur-Seine, próximo a Paris. A causa da morte não foi divulgada.
"Dia de grande tristeza para toda a nossa família, Pierre Cardin já não está. O grande costureiro que foi, atravessou o século, deixando à França e ao mundo uma herança artística única na moda, mas não apenas isso", divulgou a família, em comunicado.
Nascido em Veneza, na Itália, em 2 de julho de 1922, com o nome de Pietro, Cardin foi o primeiro estilista a lançar uma coleção masculina, na década de 1960.
Antes disso, ele trabalhou com o também lendário Christian Dior, em 1947, e colaborou na criação do tailleur-Bar, uma das peças mais famosas de Dior.
Cardin fundou seu próprio ateliê em 1950 e ficou conhecido pelas formas geométricas e abstratas.
Ele vestiu milhares de famosos esses anos todos, incluindo os Beatles e sua musa, a atriz Jeanne Moreau, com quem teve um romance por quatro anos. O relacionamento foi paralelo ao seu casamento de décadas com Andre Oliver, que morreu em 1993. Cardin é definido como gay pela maioria dos sites internacionais, incluindo o CNBC.
O estilista também foi o primeiro a escalar uma modelo japonesa na semana de moda de Paris e o primeiro estilista do Ocidente a realizar um desfile em Pequim, na China, em 1979.
Na década de 1970, ele expandiu sua marca colocando-a em produtos diversos como canetas, perfumes, carros e até sardinhas. Em 2002, o The New York Times informou que mais de 800 itens diferentes tinham a marca do estilista e que podiam ser encontrados em 140 países, gerando lucro de US$ 1 bilhão por ano.
Ele também restaurou o castelo do Marquês de Sade, na região francesa da Provença, construído no século 15, onde ele recebia concertos e óperas.