Assunto mais comentado do audiovisual brasileiro na última semana, a série Senna, da Netflix, não tentou apagar apenas Adriane Galisteu da história de Ayrton Senna (1960-1994).
Amigo de infância e presença constante nas viagens do piloto brasileiro de Fórmula 1, Américo Jacoto Júnior ficou de fora da produção.
Consta que foi a amizade que o campeão da F1 tinha com Américo o estopim para os rumores de que Senna era gay.
Homossexual assumido, Américo frequentava o cock pit dos grandes prêmios em vários lugares do mundo onde Senna disputava corridas.
Foi a ligação entre os dois que teria feito Nelson Piquet inventar um boato na imprensa de que Senna era gay.
"O Júnior… ele era um amigo de infância, era como um irmão para mim", explicou Senna, em entrevista à Playboy, em 1990, sobre os rumores que afetaram a amizade entre eles.
"Foi muito triste usarem um argumento tão absurdo, tão mentiroso, para me destruir e atingir alguém de quem eu gosto. Mas não foi uma demissão. Na verdade, o Júnior era mais um amigo do que um assessor”, lamentou.
Na entrevista, Senna falava do porquê de Américo não trabalhar mais com ele. O piloto explicava que Américo o acompanhava somente quando estava de férias da faculdade. Ele diz que sua companhia era excepcional e que com a função o amigo aproveitou para aprender vários idiomas.
“É, existiu um afastamento, a amizade nunca mais voltou a ser a mesma. Foi uma destruição muito grande", afirmou Senna sobre o distanciamento.
Não se sabe do paradeiro de Américo hoje em dia.
Ex-namorada de Senna
Já a primeira namorada de Senna afirmou, em livro, que foi ela a responsável pela fama de homossexual enrustido do piloto.
Em 2019, a empresária Adriane Yamin lançou biografia, chamada Minha Garota, contando sobre o romance que teve com o campeão brasileiro.
Eles namoraram por quatro anos e o relacionamento começou quando ela era menor de idade - 15 anos - e ele tinha 24.
De acordo com Adriane, Senna não queria expor o romance com uma adolescente para protegê-la e não a levava a eventos públicos. Por aparecer sempre sozinho, os rumores teriam se iniciado.
"Ele não aparecia com ninguém porque estava comigo. E não podia aparecer com outras mulheres para eu não saber [eles tinham um relacionamento ‘semi-aberto’]. Esse veneno [sobre Senna ser gay] foi jogado para desestruturá-lo e eu me sentia muito culpada", relatou Adriane, ao UOL, na época do lançamento da obra.
"Ele estava sendo caluniado por minha causa. As pessoas até me perguntam, ‘é verdade que ele era gay?’. Foi um boato nascido por minha culpa e ele aceitou. Isso fazia mal para ele. Sempre soube que algum dia eu teria que contar essa história."