Para aplaudir! SP tem 19 peças LGBT na semana da Parada!

Provocativas, ousadas, reflexivas, despudoradas, doloridas, sonhadoras... Há produções para todos os gostos para assistir na cidade

Publicado em 12/06/2017
18 peças LGBT para assistir em São Paulo na semana da 21ª Parada do Orgulho LGBT em 2017
Espetáculos em vários teatros da cidade falam de diversidade sexual e de gênero

Por Marcio Claesen

Símbolo do prestígio da Parada LGBT de São Paulo e exemplo de que a capital paulista se coloca como um dos centros do mundo em relação à oferta de montagens teatrais, a semana da mais importante marcha arco-íris do País recebe um recorde histórico de peças com a temática LGBT em todos os tempos: são 18! 

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Infelizmente, nem os maiores amantes da arte do ator poderão conferir todas de uma vez, já que algumas são realizadas no mesmo horário. Mas há variedade, viu!? E como há! De musicais a dramas, passando por comédias rasgadas e performances poéticas, a programação de peças na semana inclui até uma produção infantojuvenil e outra infantil. 

Para os inúmeros turistas que chegam à cidade estes dias ou moradores que quiserem refletir, rir e se emocionar, confiram dia a dia o que está em cartaz na cidade:

Segunda, 12

Bicha Oca (20h)
Rodolfo Lima adaptou, dirigiu e interpreta o personagem principal do espetáculo baseado em obra do pernambuco Marcelino Freire a respeito de um gay já envelhecido que rememora hábitos do passado.

Lembro Todo Dia de Você (20h)
Musical sobre um jovem portador do vírus do HIV com 13 canções originais e que aborda relacionamentos, descoberta da sexualidade e o estigma enfrentado por soropositivos. 

Sinthia (20h)
Com Denise Weinberg, montagem é baseada na vida do autor Kiko Marques, e conta história de Vicente, desde seu nascimento em 1968 até surgir na ceia de natal de 2013 apresentando-se a sua mãe como Sinthia.

Terça, 13

Sinthia (20h)

Lili Marlene (21h)
Solo de Fause Haten, mais conhecido como estilista, com músicas escritas por ele e arranjos de Andre Cortada. Peça embaralha vida de menino rejeitado pelo pai aos 13 que para em cabaré dublando a avó famosa, uma estrela de Hollywood.

Bruta Flor - peças gays em cartaz em São Paulo
Foto: Fábio Rhoden e Pedro Lemos em 'Bruta Flor'. Foto: Ronaldo Gutierrez

Quarta, 14

Bruta Flor (21h)
Após uma noite de amor, Lucas e Miguel se separaram. O reencontro se dá dez anos depois, casualmente, no metrô. Um deles está prestes a se tornar pai de um relacionamento com uma antiga namorada. Conflitos, homo e bissexualidade são abordados na peça dirigida por Marcio Rosario.

Lili Marlene (21h)

Peças LGBT em cartaz em São Paulo: Uma Vida Boa
Julianne Trevison, Amanda Mirásci e Daniel Chagas em 'Uma Vida Boa'. Foto: Renato Mangolin

Quinta, 15

Uma Vida Boa (18h)
Muitos devem conhecer a sofrida história de Brendon Teena, contada em dois filmes, inclusive no oscarizado Meninos Não Choram (1999). B, homem nascido no corpo de mulher se apaixona e se envolve numa teia de mentiras com final trágico. Com Julianne Trevisol no elenco e texto de Rafael Primot.

Madame Satã (19h15)
Outro musical e mais um espetáculo inspirado em história real. Aqui,  os mineiros do Grupo dos Dez mostram como João Francisco dos Santos se tornou Madame Satã - o popular malandro e maginal carioca - gay, pobre e negro - que seduziu e aterrorizou muitos na Lapa no início século passado. 

Bruta Flor (21h)

Peças gays em cartaz em São Paulo: Dzi Croquettes
Ciro Barcelos (à esq.). revive sua própria história e a do grupo revolucionário. Foto: Luan Cardoso

Sexta, 16

Madame Satã (19h15)

Desmesura (20h)
Espetáculo do Teatro Kunyn fala de transexualidade e HIV e inspira-se na vida do dramaturgo argentino Raul Taborda Damonte, o Copi, que morreu por complicações do vírus da aids em 1987.

Lembro Todo Dia de Você (20h)

Uma Vida Boa (21h)

Amar É... A Comédia (21h30)
Por meio de recitais de poesia, solos de humor e de dramaturgia e cenas compartilhadas entre os quatro atores, peça, com texto e direção de Sergio Lelys, representa variadas formas de amor.

Dzi Croquettes (21h30)
Espetáculo musical tem canções originais, além de hits de bandas como Titãs, para narrar história do homônimo e icônico grupo que revolucionou o teatro brasileiro. Elenco de jovens e belos atores que têm corpos tão incríveis quanto seu talento, ao lado de Ciro Barcellos, remanescente da trupe original e idealizado e diretor da montagem.

Limonada (23h59)
Comédia despretensiosa fala de aplicativos, redes sociais e vícios contemporâneos na história de um gay que comemora aniversário e só recebe a visita de cinco ex-namorados. Ele resolve, então, contar o porquê todas as relações acabaram.

Peças gays em cartaz em São Paulo: O Príncipe DeSencantado
Conflitos amorosos na vida de um príncipe gay é indicado para crianças a partir de 7 anos

Sábado, 17

O Príncipe DeSencantado (15h)
Espetáculo infantojuvenil com texto e direção geral de Rodrigo Alfer e a atriz trans Maite Schneider no elenco. O príncipe Vick está desolado pela morte do pai e vagueia pelo palácio até se ver atormentado pela ideia da mãe de escolher uma esposa na Escola de Princesas. Em meio a isso, o nobre se apaixona pelo irmão de uma delas durante uma noitada em um karaokê.

Onde Nasce o Arco-Íris (16h)
Coletivo Sankofa apresenta montagem infantil sobre Maria, uma menina que nasceu boneca de pano, e seu melhor amigo Rafa, solitário e apaixonado por revistas de moda. Juntos, eles saem em busca do arco-íris, onde acreditam que poderão ser quem quiserem ser.

O Nome Dela É Waldemar (19h)
Comédia escrita por Aziz Bajur conta a história de Desirée (Kaká de Lima), que mora com o namorado e a empregada e receberá a visita de um primo do interior que veio aprender a ser homem justamente com ela.

Madame Satã (19h15)

Desmesura (20h)

Lembro Todo Dia de Você (20h)

Peças gays em cartaz em São Paulo: Meninos Também Amam
Corpos nus em belíssima e simétrica coreografia perpassam 'Meninos Também Amam'

Meninos Também Amam (21h)
Leitores do Guia Gay São Paulo a escolheram como melhor peça em 2015 e de lá para cá a montagem fez várias temporadas na cidade. De forma poética e usando seus corpos - todos nus - os atores misturam dança e carinho entre eles para falar de preconceito, homofobia e amor.

Nossa História (21h)
Recém-estreada, esta montagem foi escrita em fase dolorida do autor, Pedro Fagundez, em que seu avô sofria com o Mal de Alzheimer. Há inspiração em Joanne, música de Lady Gaga, na trilha sonora, na peça que fala de um gay aceito pela família, mas que precisa lutar contra uma sociedade homofóbica.

Pobre Super-Homem - Avesso do Herói (22h)
Basedo em texto do canadense Brad Fraser, espetáculo que tem a ativista e atriz trans Renata Peron no elenco, conta uma noite vivida por David, artista plástico bem-sucedido mas que decidiu voltar a ser garçom, e sua amiga Shannon, soropositiva que quer fazer a cirurgia de redesignação sexual.

As Mona Lisas (22h30)
Nesta comédia de Wilson Coca, três gays criam o bonitão Klaus como se seu filho fosse. Os conflitos cômicos se exacerbam quando o bonitão se apaixona por uma vendedora de cosméticos, enquanto a mãe de um dos amigos vem visitá-lo sem saber de sua orientação sexual.

Peças gays em cartaz em São Paulo: Pobre Super-Homem - O Avesso do Herói
Fernando Benicchio e Rodrigo Schorts em 'Pobre Super-Homem'. Foto: Divulgação

Domingo, 18

O Príncipe DeSencantado (15h)

Onde Nasce o Arco-Íris (16h)

Eu em Mim - Um Documentário Cênico (19h)
A Cia. Gufa de Teatro, com texto de Fábio Eisner, traz para o palco a história de uma criança que cresce preenchida pela culpa de ter nascido.

Lembro Todo Dia de Você (19h)

Pobre Super-Homem - Avesso do Herói (19h)

Madame Satã (19h15)

Desmesura (20h)

Meninos Também Amam (20h)
 

IMPORTANTE: A grande maioria dos espetáculos continua em cartaz na próxima semana e para mais detalhes sobre cada espetáculo, basta clicar no título. Ou então visitar nossa Agenda - clique no dia do mês e você verá todas as peças LGBT que para assistir na data.


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