Macau: artista brasileiro pode ser indicado ao Grammy

Brasileiro radicado nos Estados Unidos, DJ e produtor contou o porquê de ter migrado para o afro-house

Publicado em 11/10/2024
Macau: DJ gay pode concorrer ao Grammy
Desde 2022, Macau é membro votante da academia do Grammy

Principal prêmio de música dos Estados Unidos e o mais importante do mundo, o Grammy não se resume a reverenciar apenas as divas internacionais do pop. Artistas brasileiros também têm chances, como o compositor, produtor e DJ Macau.

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Seu single mais recente, Turn Me On, foi inscrito na primeira fase do prêmio na categoria melhor gravação dance/eletrônica. 

A votação se encerra no próximo dia 15 e as indicações ao Grammy 2025 serão conhecidas em 8 de novembro.

Desde 2022, Macau é um dos membros votantes da academia do Grammy, o que lhe permite inscrever obras. A outra forma de poder inscrever uma canção é por meio de uma gravadora que tenha base nos Estados Unidos e seja afiliada à academia.

Nascido em São Luís, no Maranhão, Macau vive nos Estados Unidos desde 2018 e se dedica principalmente à música eletrônica.

Ao Guia Gay, ele contou sobre a fase pela qual o tribal house passa atualmente e explicou o porquê de ter migrado para a afro-house.

"Essa música eu fiz para sair um pouco da cena tribal, porque a abrangência é muito pouca, o resultado cada vez menor", desabafou.

"A gente está vivendo um processo muito complicado da música tribal, eu diria que no mundo. Até para falar a nomenclatura 'tribal', ela não tem mais essa penetração nas plataformas de distribuição de música. Somos muito penalizados se ficarmos somente nesse universo."

"Não é à toa que as versões tribais que estão hoje liderando no mercado, elas têm essa mistura com o pop para poder se sustentarem."

Macau contou que o tribal não aparece como categoria em muitas plataformas, como o Beatport. "A gente é marginal, fica à margem de todo um universo de uma música que não é consumida como o afro-house é."

A categoria de melhor gravação dance/eletrônica existe desde 1998. A primeira faixa vencedora foi Carry On, de Donna Summer e Giorgio Moroder. 

Durante vários anos, a categoria costumava ser vencida por divas do pop, tais como Madonna (Ray of Light, em 1999), Cher (Believe, 2000), Britney Spears (Toxic, 2005) e Lady Gaga (Poker Face, 2010). 

Na última década, no entanto, o prêmio tem ido mais para artistas voltados ao eletrônico, tais como Clean Bandit, LCD Soundsystem e Skrillex.

 

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