Foi aberta na quinta-feira 15 em São Paulo a exposição Orgulho e Resistências: LGBT na Ditadura.
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A mostra, no Memorial da Resistência de São Paulo, faz recorte sobre as relações do autoritarismo com a diversidade sexual e de gênero.
O público tem aceso a obras literárias, cartazes de peças de teatro, músicas, filmes, fotografias e materiais que confrontavam a censura na época, além de documentos oficiais da ditadura.
Dentre os destaques estão fotografias de Vânia Toledo e desenho inédito da cartunista Laerte Coutinho sobre a pluralidade de gêneros.
Uma série de fotografias exemplifica como a sociabilidade de homossexuais e travestis era cada vez mais visível e crescente em alguns bares e boates da região central da cidade de São Paulo.
O início do movimento LGBT organizado, em 1978, por meio do Grupo Brasileiro de Homossexuais, que depois se tornou o Somos, também é abordado.
Prisões em massa efetuadas pela polícia paulista, em ações como as operações Limpeza, Boneca e Pente-Fino, que levavam à cadeia, arbitrariamente, gays, lésbicas e travestis, também são retratadas.
Curador da mostra, Renan Quinalha diz: "A proposta desta exposição de conduzir e mudar o olhar para o passado diz respeito também ao desejo de olhar para o presente, a fim de buscar meios para que uma determinada versão da moral e os bons costumes não volte a ter o mesmo peso que teve há tão pouco tempo entre nós".
A exposição é realizada em parceria com o Museu da Diversidade Sexual e fica em cartaz até 22 de abril, de quarta a segunda.
Para visitar, é preciso agendar pelo site. Mais informações estão em nossa Agenda.