Uma cabeleireira transexual de Mato Grosso do Sul denunciou à polícia o prefeito de sua cidade por ter ouvido que ela não tem utilidade.
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Thayla Almeida, de 40 anos, postou em suas redes sociais, em julho, críticas ao prefeito Mário Alberto Kruger (PSC) de Rio Verde de Mato Grosso.
No vídeo, a cabeleireira desaprovava a atuação de Kruger na administração da cidade afirmando que em oito anos no cargo o prefeito não conseguiu levar o Serviço de Atendimento Móvel de Emergência (Samu) para a cidade.
No boletim de ocorrência, feito no último dia 27, Thayla afirma que dias depois de sua crítica, Kruger fez comentários no programa da rádio Alô Rio Verde.
O prefeito teria dito, segundo o Campo Grande News: "Eu não sei que tipo de tratamento eu vou dar a essa pessoa que falou a respeito do Samu e inclusive citou meu nome. É muito feio, não sei que termo vou usar para te qualificar."
E continuou: "Se você tivesse um pouco de hombridade, um pouco de caráter, você seguiria sua tendência natural. Então não vou entrar nesse detalhe, porque eu não quero sofrer a abertura de um processo porque você não tem utilidade nenhum para Rio Verde, nunca vi fazer alguma coisa de bem. Agora, eu posso ter meus defeitos, e o Samu tá aí, queimou a língua viu língua preta?". O mandatário inaugurará o serviço na cidade em 11 de agosto.
Thayla afirmou sobre a denúncia que fez à Justiça: "Quero que a população saiba tem um prefeito homofóbico, preconceituoso, prepotente, arrogante".
"Pago imposto, sou ser humano, sou nascida aqui. Sou transexual desde os 16 anos, tenho 40. Todo mundo me conhece como Thayla."
À reportagem, o prefeito diz que a denúncia é infundada e que a cabeleireira "quer manchete".
"Não sou candidato e não tenho preocupação nenhuma, vou responder quando for chamado. Vou vencer e vou agir para que ela se responsabilize pelos seus atos."
"Já processou todo mundo, fez uma opção sexual (sic) e não tem coragem de encarar. Ela quer manchete."
