A homofobia continua, infelizmente, cruzando o caminho de muitos. Na semana passada foi a vez de Bah Fernandes, que trabalha como passeadora de cães em São Paulo.
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Post escrito por ela em suas redes sociais viralizou e fez com que ela fizesse nova publicação, desta vez em vídeo.
Nas imagens, Bah conta que ia ao trabalho e, ao passar na catraca, o seu Bilhete Único, usado no transporte público da capital paulista, não tinha créditos.
A moça, então, tirou do bolso a única nota que tinha, de R$ 20, e entregou ao cobrador. Ela relata que ele estava dormindo e fez "cara feia ao ter de dar o troco".
O cobrador jogou o troco em cima da caixa de dinheiro, Bah o pegou e ao passar pela catraca se desculpou: "Poxa, brother, eu não tenho troco menor, se eu tivesse eu te dava. Não precisa ficar nervoso".
Ele a encarou, e enquanto ela se dirigia para o fim do ônibus, que estava cheio, Bah ouviu o homem a chamando aos gritos de "sapatão" duas vezes.
Quando a moça sacou o celular e começou a filmá-lo, o cobrador continuou a insultá-la e fez gestos obscenos. Em certo momento, a chamou de "macho".
No Estado de São Paulo, a discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero é passível de punição de acordo com a Lei 10.948/2001. As ofensas também podem ser enquadradas como crime de injúria.
Bah juntou testemunhas que estavam no ônibus e acionou sua advogada para entrar com ação contra o homem. Ela já fez boletim de ocorrência.