Pré-candidata à prefeita de São Paulo, a deputada federal Joice Hasselmann (PSL) falou sobre a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, educação sexual nas escolas e casamento homossexual.
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Questionada pela Veja São Paulo se "mexeria na verba da parada gay", Joice respondeu que sim. "A Parada Gay é uma instituição de São Paulo. Tem de acontecer. Como acontece a Marcha para Jesus. Agora, não tem de haver verba pública nem para uma nem para outra. A iniciativa privada é que tem de colocar dinheiro e ter lucro com isso."
Ao abordar educação sexual, a parlamentar incluiu brincadeira sobre a união entre pessoas de mesmo sexo.
"Educação sexual tem de acontecer. Acho que se politizou demais isso, se criou uma ideia de que educação sexual é ensinar sacanagem. Não é isso."
E continuou: "A gente está discutindo como no século XIX. As pessoas me perguntam se sou a favor ou contra o casamento gay. Digo que depende: se me chamar para ser madrinha, sou a favor (risos)".
Questionada a respeito da declaração, a presidente da parada, Claudia Regina, falou ao Guia Gay São Paulo: "É bom que ela fale isso porque a comunidade LGBT vai ter que aprender a usar melhor seu voto e o movimento como um todo Identificar melhor quem são os inimigos".
A mais recente edição da parada, em 2019, teve investimento de R$ 1,8 milhão da Prefeitura. O valor não é dado em dinheiro à APOGLBT, que organiza a parada.
A soma é empregada diretamente na infraestrtutura do evento, o que incluiu, naquela edição, seis trios elétricos, e participação de 1.300 pessoas, tais como 540 seguranças particulares, 192 cordeiros, 80 bombeiros, 43 carregadores, 137 produtores e efetivos da Polícia Militar e Guarda Civil.
No mesmo ano, a parada, que já é o evento que mais atrai turistas para São Paulo, tornou-se também o mais lucrativo proporcionalmente ao tempo de duração, ultrapassando o Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1.
Foram movimentados R$ 403 milhões com o evento, aumento de 40% em relação a 2018, quando a parada gerou R$ 288 milhões.
Para se ter uma ideia, o carnaval paulistano, em 2019, precisou de 16 dias para movimentar R$ 2 bilhões.