Ao menos quatro homens acusam o rapper Sean Combs, mais conhecido como Diddy, de estupro.
Na terça-feira 10, um segurança - que não teve identidade revelada - contou à CNN que trabalhava para uma empresa privada quando foi escalado para uma "festa do branco", em 2007, na casa do artista em East Hampton, Nova York.
No meio do expediente, Diddy teria oferecido dois drinks à vítima. Após começar a se sentir mal, o homem relata que, de início, Diddy se mostrou preocupado. Pouco depois, porém, ele teria sido arrastado pelo músico para um carro.
"Eu não conseguia ficar em pé", disse o segurança. "Foi um nível incrível de incapacitação que eu nunca havia experimentado antes e me senti impotente." Ele acredita que foi drogado com GHB no meio da bebida.
No veículo, ele diz que foi abusado pelo rapper, mesmo com pedidos para que parasse, pois sentia muita dor.
O segurança afirma que um homem muito famoso viu a situação e apenas riu.
A vítima contou ao seu supervisor depois, que disse que iria falar com o rapper. Ele não foi chamado para trabalhar mais para nenhum evento e precisou mudar de ramo.
Outras três vítimas
O advocado Thomas Giuffra informou, na quinta-feira 12, que mais de 60 pessoas procuraram seu escritório denunciando Diddy por abuso sexual. Após analisar todas as situações, ele decidiu seguir em frente com três delas.
Um homem teria conhecido o rapper em uma festa dada por Diddy e outros executivos do hip-hop na boate Marquee, em Nova York, em 2019.
Ele perdeu a consciência depois do artista lhe oferecer uma bebida e chegou a ouvir Diddy falando: "Ele está pronto para a festa".
O homem desmaiou e quando acordou estava sendo violentado pelo rapper e filmado por um homem e uma mulher.
Depois da agressão, esse casal lhe deu US$ 2.500 (quase R$ 15 mil) e disse que era a mando de Diddy.
A segunda situação também teria ocorrido numa festa dada por Diddy, na mesma cidade, em 2020.
Um terceiro homem diz que conheceu Diddy em 2006 e começou a trabalhar com ele.
Em fevereiro de 2020, esse homem diz que estava em reunião com o rapper, em um hotel, para discutir salários não pagos e que aceitou uma bebida durante o encontro.
Ele perdeu a consciência e quando a recobrou estava sendo agredido sexualmente pelo músico.
Diddy ainda teria debochado dizendo que se ele procurasse a polícia pareceria um idiota e que ninguém acreditaria nele.
Advogados do rapper responderam à BBC que provarão que essas denúncias são falsas e que buscarão sanções contra "todos os advogados antiéticos que entraram com ações fictícias contra ele".
Os três processos se somam a mais de 30 outros movidos contra Diddy, a maioria por estupros realizados a partir da década de 1990 e contra mulheres.
Ele também enfrenta separadamente acusações criminais federais por conspiração de tráfico sexual e extorsão.
O artista de 50 anos está dedito em uma cadeia no Brooklyn e teve pedido de fiança negado três vezes.
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