Porto Alegre vai ganhar em dezembro Delegacia de Intolerância, a primeira específica do Rio Grande do Sul dedicada a receber queixas de discriminação contra pessoas LGBT e outros segmentos identitários.
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A divulgação foi feita pela chefe de polícia do Rio Grande do Sul, a delegada Nadine Anflor, na sexta-feira 20, com reforço do governador tucano Eduardo Leite.
"No dia 10 de dezembro, vamos inaugurar a primeira Delegacia de Intolerância, que é um lugar apropriado e específico para que as pessoas possam buscar informações, não apenas efetuar denúncias, para que possamos mudar essa triste realidade das intolerâncias e do racismo que acabam gerando consequências na sociedade, como este caso", afirmou a delegada.
O anúncio foi feito um dia após a morte de soldador negro João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, por seguranças de uma unidade do Carrefour na capital gaúcha.
Na delegacia serão atendidas vítimas de crime em razão de sua condição racial, sexual, estrangeiros alvos de xenofobia, mulheres vítimas de violência doméstica ou em razão de sua condição de gênero, idosos, crianças e adolescentes e deficientes físicos ou mentais.
O serviço já havia sido prometido para meados de 2019. O imóvel, no bairro Santana, esteve fechado por muitos anos, foi invadido e precisou passar por reforma. O espaço fico a apenas 300 metros do Palácio da Polícia.
Cada vez mais uma demanda do movimento LGBT, delegacias específicas para casos de discriminação ainda são raras no País.
São poucas cidades com esse serviço. São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília são exemplos.
