A poucas semanas da realização da 21ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, que ganhará a rua em 18 de junho, o clima entre a prefeitura e a Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo (APOGLBT) é de forte embate.
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O motivo para a contenda é chamamento público feito pela administração municipalque dá oportunidades a empresas entrarem com dinheiro e tornarem-se patrocinadoras oficiais da marcha.
Dentre os pontos de discórdia, explicou a diretoria em reunião aberta no sábado 27 com presença de cerca de 40 pessoas, estão o fato de a estratégia de captação não ter sido construída com a entidade social e a promessa feita pela gestão de João Doria (PSDB) de as empresas interessadas tornarem-se patrocinadoras do evento sem o aceite da associação.
Para os ativistas, o chamamento é tentativa de a prefeitura assumir a organização da marcha, criada e até hoje realizada pela ONG. No mais, alertaram, os desdobramentos da captação direta de patrocínio podem render processos judiciais contra a associação da parada, que possui contratos de exclusividade com algumas marcas.
A ideia da prefeitura, ainda de acordo com as falas da diretoria, teria vindo também para conseguir os recursos necessários para o repasse esperado de Dória para o evento. Haveria apenas R$ 200 mil no caixa municipal dentro de uma expectativa de R$ 1,4 millhão.
O chamamento público recebe propostas até 18h de 31 de maio. Para tentar resolver a celeuma, a entidade vai se reunir, pela primeira vez, com Doria nesta semana. Ida à Justiça contra a prefeitura já é estudada pela entidade.