Morreu nesta sexta-feira 23, no Rio de Janeiro, a atriz Jane di Castro.
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A artista tinha 73 anos e lutava contra um câncer de fígado.
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Jane foi uma das artistas trans pioneiras dos palcos brasileiros. Ela começou a se apresentar em 1966 no Teatro Dulcina, no Rio.
Com Rogéria e Ney Latorraca, foi dirigida por Bibi Ferreira no espetáculo Gay Fantasy.
Em 2004, estrelou no Teatro Rival, também na capital fluminense, o espetáculo Divinas Divas, ao lado novamente de Rogéria, Divina Valéria, Camille K, Eloína dos Leopardos, Marquesa, Brigitte de Búzios e Fujika de Halliday.
O musical foi revivido em 2016 no documentário de mesmo nome dirigido por Leandra Leal. O filme relembra a trajetória dessas oito artistas trans, travestis e transformistas.
Em 2014, Jane formalizou união com Otávio Bonfim, companheiro com quem vivia há 47 anos. Ele a deixou viúva em 2018, vítima de câncer.
Em 2017, a atriz fez participação na novela A Força do Querer, da TV Globo, atualmente reprisada pela emissora.
Desde 2001, além da carreira artística, Jane também comandava seu salão de cabeleireiros no Rio.
Integrante e ex-presidente do Grupo Arco-Íris, uma das maiores entidades LGBT do Rio de Janeiro, Claudio Nascimento lamentou a morte da atriz.
"Eu e Jane tínhamos uma forte amizade, desde o fim dos anos 80. Sempre esteve comprometida com as nossas lutas por direitos. É a grande diva da Parado do Orgulho LGBTI do Rio de Janeiro e integrante do Conselho Consultivo do Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBTI", escreveu nas redes sociais.
"Jane deixa um enorme legado artístico que nossa comunidade precisará valorizar e divulgar. Jane é a diva militante de nossas lutas. Nós te amamos muito!"