Quando é contrariado, o Movimento Brasil Livre (MBL) ataca quem elege como o inimigo. Um dos alvos do momento é o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB).
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E até insinuação sobre sexualidade vira arma. Coordenador nacional do MBL, Renato Battista sugeriu affair entre Covas e o secretário executivo da Prefeitura, Gustavo Pires.
"Gustavo Pires é conhecido como 1ª dama da Prefeitura e já emplacou empregos na máquina pública para a própria mãe e para seus colegas de faculdade", publicou Battista nas redes sociais.
Gustavo é braço direito do prefeito. Covas estava de férias em Berlim, na Alemanha, no início da semana, quando a Região Metropolitana de São Paulo sofreu com enchentes após forte chuva no domingo 10.
"O Bruno Covas tirou ferias de uma semana da prefeitura", criticou Battista. "Logo após ter participado de todos os dias do carnaval paulistano. De quebra, o seu grande amigo Gustavo Pires, secretário executivo da Prefeitura, também pegou a semana de férias."
A irritação do MBL com Covas tem, dentre as origens, a nomeação de Alê Yousseff para o cargo de secretário da Cultura, semanas atrás.
"Ele nomeou um secretário da Cultura que tem ideologia oposta àquilo que o [ex-prefeito João] Doria pregou em 2016, quando foi eleito", disse o vereador e integrante do MBL Fernando Holiday (DEM) à Folha de S. Paulo.
Em suas redes sociais, Holiday chamou Covas de "Jaiminho", personagem da série mexicana Chaves que se caracterizava pela preguiça de trabalhar.
As indiretas não costumam ser bem recebidas pela população e chamam atenção principalmente se levarmos em consideração que Holiday é gay assumido.
Em campanha à prefeitura de São Paulo, em 2008, Marta Suplicy insinuou sobre possível homossexualidade do então prefeito e candidato à reeleição Gilberto Kassab. Ele foi reeleito e eleitores e também críticos dela jamais esqueceram o fato.