Nascido e vivendo no Jardim Apurá, bairro às margens da Represa Billings, na zona sul de São Paulo, Wesley Silvestre Rosa encabeça a candidatura coletiva do Periferia Ativa Búfalos à Câmara Municipal de São Paulo.
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Hoje com 33 anos e gay assumido, Wesley tem histórico nos movimentos sociais e ambientais, com participação em diversos projetos na recuperação de reflorestamento e recuperação de mananciais, assim como na urbanização e infraestrutura de áreas carentes da capital.
Descrito como um levante popular, o Periferia Ativa Búfalos tem a defesa e a preservação ambiental como proposta inicial, mas em tergiversação com a construção de políticas públicas culturais, em especial, a de moradia.
Ao Guia Gay São Paulo, Wesley falou sobre a aproximação e inclusão de sua sigla, o PDT, com a comunidade LGBT e da defesa dos direitos humanos. Confira a entrevista:
O Brasil é um dos países mais avançados do mundo em direitos LGBT. E São Paulo é a cidade do Brasil com mais serviços sociais para o segmento no País. Em que acha que seu mandato pode contribuir para a cidadania arco-íris?
É transversal a todas as nossas bandeiras de luta, a defesa e preservação do óbvio, do nosso direito de existir, do nosso direito à vida, como também a preservação e defesa do nosso meio ambiente. Com isso, os direitos da nossa comunidade LGBTI+ são parte integrante enquanto discutimos o direito à cidade, enquanto pensamos na construção de políticas públicas pautadas nos direitos humanos, na garantia e na ampliação da defesa dos direitos sociais, da segurança alimentar, o direito a saúde pública de qualidade, respeitando a identidade de gênero, raça e credo.
Nosso futuro mandato será propositivo na construção efetiva de leis e programas sociais. Serão pautados no direito à vida, no direito à diversidade, no ir e vir de todas, de todos e de todes aqueles que vivem na cidade de São Paulo, a começar pelos territórios periféricos, indo até ao Centro.
O mapa da vulnerabilidade, da exclusão social, e da violência urbana sempre será tema nas nossas discussões, na transformação e construção de uma cidade que assegure o direito e a preservação da vida!
Quem votar em você vai ajudar a eleger pessoas do PDT. Qual o compromisso do partido com a pauta LGBT?
O PDT pode comemorar ser o partido que mais lançou candidaturas LGBTI por todo o Brasil. Isso é fruto do espaço que o partido dá à nossa população, não só como bandeiras vazias para fazer marketing, mas, sim, dando um movimento inteiro, o PDT Diversidade, para construir a militância LGBTI trabalhista.
Com base na Carta de Lisboa, na qual a defesa dos direitos humanos é um princípio inegociável do PDT, o PDT Diversidade contribui para que essa população politicamente marginalizada chegue às casas legislativas e crie, com base nos planos de desenvolvimento, politicas públicas que nos incluam.
Fora da questão LGBT, quais suas três principais propostas à população de São Paulo?
Educação de qualidade e para os tempos de hoje, moradia inclusiva, profissionalização da população LGBTI+.
Como será a gestão das questões dentro do mandato tendo em vista que vocês são vários (bancada coletiva)? Vão procurar um consenso ou por votação entre vocês?
Por meio do voto da bancada e participação direta do público.
Por que você acha que as pessoas da periferia não votam em grande escala em pessoas da periferia? Como mudar isso?
As dificuldades econômicas são sempre o primeiro fator.
AVISO: Esta entrevista faz parte de projeto do Guia Gay São Paulo de entrevistar todos os candidatos LGBT à Câmara Municipal de São Paulo.
Todas as candidaturas recebem três perguntas iguais e duas específicas, que podem coincidir ou não, a depender dos partidos e dos perfis das pessoas pleiteantes.