Nascida na Zona Leste e hoje vivendo na região central de São Paulo, Shirlei Moura tem na defesa de negros, LGBT, mulheres e segmentos vulneráveis em geral sua principal bandeira na disputa por cadeira na Câmara Municipal de São Paulo.
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Lésbica assumida e com 53 anos, Shirlei é formada em artes cênicas e afirma que conversou com Márcio França, candidato de seu partido, o PSB, à Prefeitura de São Paulo, sobre projetos à comunidade LGBT.
Educação, saúde e cultura também são tópicos importantes para a candidata. Confira entrevista que Shirlei deu ao Guia Gay São Paulo.
O Brasil é um dos países mais avançados do mundo em direitos LGBT. E São Paulo é a cidade do Brasil com mais serviços sociais para o segmento no País. Em que acha que seu mandato pode contribuir para a cidadania arco-íris?
Se eu for eleita, quero que a nossa família LGBTQIA+ sinta-se representada por mim, pois quero criminalizar a homofobia municipalmente. [Nota da redação: a lei municipal número 17.301, sancionada em 2020, já penaliza a discriminação contra LGBT na cidade].
O candidato a prefeito do seu partido, Márcio França, não cita LGBT em seu programa e não apresentou nenhuma proposta para esta comunidade. Por que mesmo assim você o apoia?
Ele tem projetos, mas não fez divulgação, pois pretende ir divulgando aos poucos. Eu mesma já conversei com ele sobre a criminalização da homofobia.
Quem votar em você vai ajudar a eleger pessoas do PSB. Qual o compromisso do partido com a pauta LGBT?
A livre expressão afetiva sexual, enfrentamento no combate à homofobia, fortalecendo conselhos municipais.
Fora da questão LGBT, quais suas três principais propostas a população de São Paulo?
Na saúde, quero que o cartão do SUS seja validado em qualquer região da cidade, assim o cidadão vai ter direito ao atendimento, o que vai quebrar o monopólio regional.
Quanto à educação, vou apoiar as ONGs para que desenvolvam trabalho socioeducativo, ajudando-as financeiramente para o pagamento dos tributos de água e energia por meio do registro do responsável pela entidade, no caso, o assistente social.
Na cultura, lutarei pelas artes integradas, por teatro e cinema na periferia.
Como você vai incentivar a periferia para que vote na periferia e descubra a força eleitoral dela?
Mesmo morando no Centro há 18 anos, nasci e cresci na periferia de São Paulo, Zona Leste. Portanto, sendo de lá, sei das necessidades da periferia.
AVISO: Esta entrevista faz parte de projeto do Guia Gay São Paulo de entrevistar todas candidaturas LGBT à Câmara Municipal de São Paulo.
Todas as candidaturas recebem três perguntas iguais e duas específicas, que podem coincidir ou não, a depender dos partidos e dos perfis das pessoas pleiteantes.
