Levantamento inédito realizado pelo Instituto Pólis aponta que homens, jovens e negros são as maiores vítimas de violência física motivada contra a população LGBT na capital paulista.
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Do total de vítimas, 69% têm até 29 anos de idade. No mais embora negros formem 43,5% da população total, eles correspondem a 55% dos casos.
Os casos de violência física contra LGBT que chegaram ao serviço de saúde (2.298 ao todo) tiveram alta de 970% no ano passado em comparação a 2015.
Considerados apenas os boletins de ocorrência registrados (3.868) o aumento foi de 1.424% no mesmo período.
Das denúncias feitas em serviços de saúde, os bairros que mais registraram casos foram periféricos das zonas leste e sul: Itaim Paulista (123 vítimas), Cidade Tiradentes (103), Jardim Ângela (100), Jardim São Luís e Capão Redondo (75 cada) e Grajaú (65).
Já sobre as ocorrências feitas na Polícia Civil, os líderes são três bairros da zona central: República (160), Bela Vista (102) e Consolação (96). Eles são seguidos por Itaquera (82), na zona leste, e Vila Mariana (79), na zona sul.
Segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, o instituto ressalta que o aumento dos boletins de ocorrência se deve à implementação da Delegacia Eletrônica, que permite que a vítima faça queixa sem precisar ir pessoalmente ao distrito policial.
"Os dados mostram que o quadro preocupante de violência LGBTfóbica e o aumento de sua notificação nos últimos anos tem recortes territoriais, de gênero, racial e etário", afirmou à reportagem o diretor-executivo do instituto, Rodrigo Iacovini.
Ele aponta que ao mostrar os grupos mais vulnerabilizados, o estudo indica que políticas públicas podem ser aperfeiçoadas.
Chamado "Violências LGBTQIAPN+ na Cidade de São Paulo", o estudo será divulgado na íntegra na sexta-feira 17, Dia Mundial de Combate à Homofobia.
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