O governo do presidente norte-americano Donald Trump pretende lançar uma campanha mundial para descriminalizar a homossexualidade.
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A iniciativa, segundo a NBC, partiu do embaixador norte-americano na Alemanha, Richard Grenell, que é homossexual assumido.
Uma reunião estava marcada para a última terça-feira 19 com ativistas LGBT de várias partes da Europa. O alvo da campanha são paises africanos e do Oriente Médio, os mais homofóbicos do mundo.
Há cerca de 70 nações que criminalizam o sexo entre homens (em muitos países, o sexo entre mulheres também é crime).
A União Europeia, a Organização das Nações Unidas e a Organização para Segurança e Cooperação na Europa devem ser acionadas para ajudar na campanha.
De acordo com a reportagem, não há intenção de abordar questões como casamento entre pessoas do mesmo sexo, adoção e leis que penalizem a discriminação de LGBT, temas comuns nas agendas de países da Europa e das Américas.
O foco é que pelo menos gays e lésbicas não sejam presos - ou até mortos, como em alguns países - apenas por gostarem de pessoas do mesmo sexo.
O fator que desencadeou essa iniciativa foi a recente notícia de um homem enforcado no Irã por ter feito sexo supostamente com um adolescente.
"Esta não é a primeira vez que o regime iraniano coloca um homem gay à morte com as alegações ultrajantes de prostituição, seqüestro ou até mesmo pedofilia. E infelizmente não será a última vez que eles fazem isso também", declarou Grenell.
"As execuções públicas bárbaras são muito comuns em um país no qual as relações homossexuais consensuais são criminalizadas e puníveis por açoitamento e morte."
O embaixador afirmou que no país de maioria muçulmana, "adolescentes gays são enforcados publicamente para aterrorizar e intimidar outras pessoas. As ações horríveis do Irã estão no mesmo nível da brutalidade e da selvageria demonstradas regularmente pelo Estado Islâmico".
A comunidade LGBT, em geral, é contra o governo Trump. Apesar de não estarem no alvo do presidente - como os imigrantes - LGBT têm tido seus direitos ameaçados nos Estados Unidos desde que Trump foi eleito.
Trump lutou para que pessoas transexuais fossem banidas das Forças Armadas e é favorável a leis - que vigoram em alguns Estados - que permitem que um comerciante não atenda LGBT baseado em suas crenças religiosas.