Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) entrou com representação criminal contra o presidente do PTB, o ex-deputado federal Roberto Jefferson, por homofobia e injúria.
Há uma semana, Jefferson insinuou que Leite seja gay ao criticar, com base em fake news, de que norma feita pelo tucano teria sido base para prisão de feirante, e se opor a medidas de restrição no Estado por causa da covid-19.
Após entregar a representação na sede do Ministério Público do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, na sexta-feira 19, Leite gravou vídeo para explicar a motivação da atitude.
"Vim ao MP para oferecer uma representação contra Roberto Jefferson por injúria, por homofobia, por agressão, que não é exclusivamente a mim, pessoalmente, mas a toda a sociedade, ao povo gaúcho e ao povo brasileiro. Manifestações que geram confronto, que geram discórdia, que são indignas e que não podem ser toleradas. Por isso, a representação para que o MP faça a devida ação criminal contra Roberto Jefferson pelos crimes que cometeu, ofendendo o ser humano", disse, no vídeo.
As falas do petebista ocorreram em entrevista a uma rádio.
"É uma absoluta vergonha esse rapaz [Leite] e o que ele está fazendo no Rio Grande do Sul. [Ele] tem uma vocação ditatorial imoral, indigna, incorreta, né? Uma coisa narcisista, doentia, uma coisa assim viciada."
E continuou: "Eu diria até que não é uma coisa varonil você pegar uma vendedora de sorvete. espancar, prender. Não é uma coisa de um homem varonil, não é uma coisa de um homem viril. Eu diria até que é coisa de viado."
Avisado pelo radialista Milton Cardoso, ao qual dava entrevista, de que a prisão da feirante foi feita antes da pandemia, em 2019, e pela prefeitura da cidade e não pelo Estado, o ex-deputado continuou a criticar Leite sobre lockdown no Rio Grande do Sul.