Opostos nos campos ideológicos e partidários, a vereadora paulistana e trans Erika Hiton (Psol-SP) e o presidente da República Jair Bolsonaro (PL) estão na mesma lista: de autoridades que impedem a atuação da imprensa.
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O levantamento foi feito pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), uma das mais respeitadas entidades nacionais em defesa da liberdade de imprensa.
A lista é denúncia de posturas antidemocráticas de políticos e gestores públicos que, ao bloquear veículos de comunicação e jornalistas de seus perfis no Twitter, atentam contra o trabalho da imprensa de acompanhar e noticiar fatos relacionados a essas autoridades e que são de interesse da sociedade.
O rol é liderado pelo presidente da República, que bloqueou sete veículos de comunicação. Em seguida, estão autoridades tais como o filho de Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos - RJ) e o presidente da Fundação Palmares Sérgio Camargo, que impediram duas empresas jornalísticas de ver suas postagens.
Erika Hilton bloqueou um veículo de comunicação, o Guia Gay São Paulo e rede, composta por sites em mais quatro capitais.
Para a Abraji, que monitora bloqueios de autoridades contra jornalistas no Twitter desde 2020, o bloqueio de imprensa feito por autoridades públicas configura restrição de acesso a informações garantido pela Constituição Federal.