Na divulgação oficial, seis letras (LGBTQIA) e o sinal matemático de mais (+). Na iniciativa para celebrar a data, 28 de junho, ação para apenas uma delas: T.
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Assim foi como a Prefeitura de São Paulo marcou o Dia do Orgulho ao anunciar 120 vagas de emprego, todas voltadas para pessoas trans.
O fato recebeu pontuações críticas. Elvis Justino, representante político da Família Stronger, que possui forte trabalho com LGBT da periferia da capital, demandou inclusão.
"O segmento trans é, sem dúvida, o mais marginalizado. Porém acredito que a prefeitura pode fazer isso sem deixar de lado o restante da sigla", disse à nossa reportagem.
A ação foi realizada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo dentro do Contrata SP Transcidadania. As vagas eram voltadas para comércio e serviço, com salários de até R$ 1.262
Quem faz coro à cobrança de Elvis é André Beneit, da secretaria municipal e estadual LGBTI do PT e integrante do Conselho Municipal LGBTI, que tem como função sugerir e fiscalizar políticas públicas para essa população como um todo.
"Temos trabalhado com propostas de que a prefeitura amplie esse programa, incluindo as demais identidades, as quais também têm sofrido com a pandemia, além, claro, a discriminação e precarização das relações de trabalho."
Procurada pela nossa reportagem para explicar se houve ou se existirá iniciativas semelhantes para LGB cisgênero, a secretaria não respondeu.