O acordo entre as igrejas católica e evangélica para eleger mais deputados conservadores nas próximas eleições para que estes lutem contra pautas progressistas tem apoio de um empresário poderoso.
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Flávio Rocha, presidente da Riachuelo, é ligado à igreja Sara Nossa Terra e defende as bandeiras das igrejas, dentre elas estão o combate ao casamento gay, aborto e o que chamam de "ideologia de gênero". Para ele, "o economês conserta o País, mas é o discurso sobre os costumes que levará o candidato a ganhar a eleição presidencial deste ano".
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Ao blog Coluna do Estadão, Rocha não descarta concorrer à presidência da República caso haja uma mobilização em torno de seu nome. "É muito feio uma pessoa ser convocada para uma missão nacional e se recusar por razões egoísticas, por causa de patrocínios", disse.
É cada vez mais crescente, de acordo com a publicação, a ideia de um acordo entre evangélicos e católicos para conseguir eleger 200 deputados em novembro para o Congresso. Atualmente, evangélicos têm 97 parlamentares e católicos, 48.
Flávio Rocha já foi deputado federal pelo Rio Grande do Norte (seu Estado natal) entre 1987 e 1995 pelo extinto PFL. No ano passado, cogitou-se um apoio do Movimento Brasil Livre (MBL) ao seu nome para disputar o Governo do Estado de São Paulo em 2018.
Algumas pessoas podem se lembrar de uma campanha da Riachuelo para o Dia dos Namorados no ano passado. O comercial apresentava diversos homens e mulheres que formavam casais. Chamou atenção de muitos LGBT que nenhum único casal era formado por duas mulheres ou dois homens.
Bom, conhecendo melhor agora as inclinações do dono da Riachuelo - a terceira maior rede de moda do País, depois da C&A e Renner - parece que a omissão de gays e lésbicas no anúncio não foi por acaso, certo?