A falta de empatia e intolerância com o outro é tão grande que alguns chegam a usar o púlpito de uma Casa Legislativa para defender e até louvar o preconceito.
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Foi o que fez o deputado estadual pelo Rio de Janeiro Márcio Gualberto (PSL), na quinta-feira 1º na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Dentre as pautas do dia estavam homenagens à ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, e ao Grupo Arco-Íiris, sediado no Rio e um dos mais respeitados do País na causa LGBT.
Em áudio, divulgado pela CBN, Gualberto diz, ao contestar a homenagem à entidade: "Eu preciso dizer também que nem todo preconceito, como também nem toda discriminação é maléfica, e nós precisamos derrubar esses tabus. Existem preconceitos e discriminações que são benéficas. Esse é o primeiro ponto".
E continuou: "Segundo ponto: A nossa sociedade, graças a Deus, é conservadora mesmo. E que seja conservadora cada vez mais. Porque ser conservador é querer a manutenção de tudo aquilo que deu certo."
Após uma hora de debates, por um placar apertado - 24 votos a favor, 22 contra e 3 abstenções - foi concedido o Prêmio Cidadania, Direito e Respeito à Diversidade ao Arco-Íris.
Na mesma sessão, no entanto, ninguém votou contra à concessão da Medalha Tiradentes, a mais alta honraria concedida pelo Estado do Rio de Janeiro, à Damares Alves, que está apenas sete meses no cargo e ficou mais conhecida pelas frases polêmicas e preconceituosas que proferiu do que pelo que efetivamente tem contribuído à pasta.