A Arquidiocese do Rio de Janeiro juntou forças à Coordenação Especial da Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio para buscar abrigo a 60 pessoas - em sua maioria travestis e transexuais - que ficarão sem teto.
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Por decisão judicial, o grupo terá de desocupar a Casa Nem, centro de acolhida e assistência social localizado em Copacabana, zona sul da cidade.
Os padres Geovane Ferreira da Silva (Vigário Episcopal do Vicariato Sul) e Manuel de Oliveira Manangão receberam pedido da Casa Nem para que intercedessem junto ao poder público em busca de alguma saída.
Na quinta-feira 23, os religiosos, em nome do Cardeal-Arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, se reuniram com o coordenador Especial da Diversidade Sexual, Nélio Georgini, o corpo jurídico da Arquidiocese, a advogada da Pastoral das Favelas, Eliane Souza de Oliveira, a coordenadora do programa estadual Rio sem Homofobia, Caroline Caldas, e a liderança da Casa Nem, Indianarae Siqueira.
O imóvel precisa ser desocupado na segunda-feira 27 atendendo decisão da juíza Daniela Bandeira de Freitas, da 15ª Vara Cível do Rio, de 18 de junho. Até o início da tarde da sexta 24, não havia ainda uma solução.
A ação de reintegração foi movida pela Iliria Administração de Imóveis e Negócios LTDA, administradora que representa o espólio do imóvel que o grupo e outros movimentos sociais ocuparam.
A gestão municipal não tem como abrigar as pessoas. O Centro Provisório de Atendimento LGBT (CPA IV), inaugurado pela prefeitura, disponibiliza 40 vagas, mas 36 já estão ocupadas.