O Centro de Cidadania LGBT Luiz Carlos Ruas foi atacado no último fim de semana.
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Segundo a Coordenação de Políticas para LGBT da Prefeitura de São Paulo, que gere o espaço, o imóvel, que fica no bairro da Consolação, região central, foi vandalizado e roubado.
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Criminosos defecaram no local, rasgaram documentos e se limparam neles, urinaram em vasos de flores, destruíram e sujaram cadeiras, gaveteiros, computadores e projetor.
"Todas as torneiras foram abertas, com o o claro objetivo de alagarem a casa. Além disso, todos os cabos dos computadores e da rede de telefonia foram cortados, com a intenção de calar a voz e o trabalho em prol da comunidade LGBT", diz nota divulgada pelo órgão.
Foi registrado um boletim de ocorrência e um inquérito será aberto para investigar os responsáveis pelo ataque, que ainda são desconhecidos.
"No entanto, nenhum objeto levado causou mais dor, tristeza e consternação do que a agressão ao nosso trabalho e tudo que ele representa", continua a nota. "Mais do que equipamentos públicos da administração municipal, os Centros de Cidadania LGBT representam um valor e uma postura diante do mundo, a fim de combater todas as violências diariamente enfrentadas pela população LGBT – desde a física até aquela silenciosa na qual todos os direitos são negados, até mesmo de ser chamado pelo nome social."
Anteriormente chamado de Centro de Cidadania LGBT Arouche, o serviço deixou o bairro da República e migrou em outubro para o novo endereço. A mudança deu-se, segundo a coordenação, para que houvesse mais espaço para atendimento e também maior privacidade.
O nome do serviço foi dado em homenagem ao ambulante Luiz Carlos Ruas, heterossexual assassinado ao tentar defender uma travesti em frente à estação de metrô Pedro II, no Brás, em dezembro passado.