Após muitas críticas a tuíte em 17 de maio, Dia Internacional contra Homofobia, a Burger King Brasil apagou a mensagem e pediu desculpas. Houve uso de símbolo nazista anti-gays, um triângulo rosa, e apontamentos sobre erros de definição de sexualidades.
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A publicação, chamada Bandeiras de Todes (veja abaixo), mostrou o símbolo da companhia, uma coroa, com diferentes estampas nas cores de flâmulas de cada segmento.
No item LGBTQIAP+, foi colocada a chamada bandeira do progresso, usada em poucos lugares do mundo e criticada por vários motivos.
Um deles é retomar o uso de triângulo rosa, marca usada por nazistas para identificar homossexuais nos campos de concentração.
Essa versão, sob argumento de lembrar os segmentos trans e negros, coloca triângulos sobre o arco-íris LGBT, com seis cores.
A proposta de usar essa figura geométrica em rosa trai a motivação principal da criação da bandeira do orgulho, apenas com faixas.
Como registra a história, no fim dos anos 1970, o ativista Harvey Milk, primeiro gay vereador assumidamente gay dos EUA, pediu para o artista plástico Gilbert Baker, em São Franscisco, fazer novo símbolo para a luta homossexual justamente para deixar para trás o uso do triângulo rosa nessa função.
A ideia era não mais ter como referência um capítulo da história ligado ao extermínio de gays. Em 1978, nasceu a flâmula arco-íris.
A reportagem do Guia Gay procurou a assessoria de imprensa para falar do uso de um símbolo nazista, mas, em dois dias, não houve resposta.
Outro senão à bandeira do progresso vem do fato de ela excluir lésbicas e bissexuais ao não evidenciar as cores das bandeira desses segmentos.
Ativistas lésbicas brasileiras já demonstraram reprovação a essa tentativa de mudaro símbolo mundial LGBT. Denunciam invisibilidade.
O post da empresa foi rechaçado também por mostrar, como registrado em vários comentários, definições erradas em algumas identidades, tais como na assexual.
Como forma de contornar a situação, a empresa postou mensagem sobre aperfeiçoamento.
"Estamos em constante evolução e aprendizado."
Quanto mais conhecemos e discutimos, mais aprendemos para seguir lutando contra a LGBTfobia. Compartilhamos algumas informações equivocadas em nossas redes sociais e reconhecemos a complexidade do tema levantado. pic.twitter.com/v2DMMQyPAn
— Burger King Brasil (@BurgerKingBR) May 17, 2021