A atriz Bruna Linzmeyer tentou explicar o motivo pelo qual usa a palavra "lésbica" a respeito de sua orientação sexual mesmo tendo namorado por anos o ator Michel Melamed.
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"É um ato político usar essa palavra. Porque eu, como ser humano, não quero ser reduzida por essa palavra em nenhuma esfera. Se fosse pensar na minha sexualidade, a minha sexualidade é livre: quero, posso e vou ficar com quem eu quiser", disse ao jornal Extra.
É compreensível que Bruna queira ajudar a causa marcando uma posição, mas ela mesma sabe qual sua verdadeira orientação. "Existe até um nome para isso, que é pansexual ou panafetiva. Vou me relacionar com seres humanos, não importa o gênero deles, a sexualidade, com o que ele se identifica. "
"Mas o uso da palavra lésbica, porque também sou lésbica, não sou só lésbica, é importante para o ato de luta. As pessoas falam pouco a palavra lésbica, né. Além de ser homoafetiva ou homossexual, eu ainda sou mulher. E é isso que a palavra lésbica traz", diz.
"Há um preconceito, um machismo e misoginia porque é mulher e também porque namora outras mulheres", explica. "Por isso o uso dessa palavra é importante. Mas considero a minha existência, o meu corpo e o meu prazer muito maior do que qualquer caixinha."
Bruna diz sentir falta de lésbicas no cinema e na TV e elogia a atual trama das nove, Segundo Sol. "Já tiveram outros, mas a maneira como está sendo tratada agora a história da Nanda [que vive a personagem Maura], é linda. É muito importante (...) O que representatividade traz é pertencimento."
"Não sou estranha, não estou doente. Não tem nada de errado comigo. Quem está doente são vocês que estão achando meu amor estranho. É isso que representatividade traz. É muito importante tanto na narrativa, quanto na vida, nas ruas."