Bono elogia vice-presidente homofóbico dos EUA

Mike Pence tem uma ficha corrida de atuação contra direitos LGBT

Publicado em 21/02/2017
Bono encontra e elogia Mike Pence, vice-presidente homofóbico dos EUA
Líder do U2 e Mile Pence se encontram em evento na Alemanha no fim de semana

Bono caiu bastante no conceito de muitos fãs após ser visto sorrindo com um dos políticos mais homofóbicos do governo de Donald Trump.

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No fim de semana, de acordo com a edição norte-americana da Rolling Stone, o vocalista do U2 e o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, tiveram um encontro agendado de última hora quando alguém percebeu que os dois estavam no mesmo evento, a Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha.

Durante a reunião, Bono disse que Pence era o "segundo homem mais ocupado nos Estados Unidos" e elogiou a atuação do político, quando este estava no Congresso, em 2003 e 2008, na atuação de uma lei que combate o HIV e a aids. Observação: ninguém entendeu quem seria o primeiro, já que o presidente Donald Trump estava de férias com a família no fim de semana.

"Duas vezes no Congresso você defendeu isso. É assim que nós o conhecemos, e nós realmente gostamos disso", disse o artista. "Foi uma realização histórica extraordinária", respondeu o vice-presidente. "E você teve um papel de liderança em levá-la adiante."

A imprensa internacional anotou, entretanto, que apesar dos elogios do músico á atuação de Pence na questão da aids, o Estado que já governou, Indiana, teve um surto de HIV, após Pence fechar clínicas de saúde que faziam teste da doença e eliminar uma política pública de trocas de seringas para dependentes de drogas.

A escolha de Mike Pence como vice-governador para a chapa de Trump, no ano passado, foi um dos maiores indicativos de que o governo de Trump não será pró-LGBT.  Em 2006, Pence lutou contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, em 2007 votou contra uma lei que proibia discriminação a LGBT no trabalho e em 2010 foi contra o fim da política do "Don't Ask, Don't Tell" que vetava militares homossexuais de se assumirem.

Mais recentemente, como govenador de Indiana, em 2015, o político assinou uma lei (que tem similares em outros Estados do país) que permite que comerciantes rejeitem atender clientes alegando "liberdade religiosa". Após pressão, ele assinou uma emenda que proibia discriminação a LGBT dentro dessa legislação.


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