Presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson voltou a dar mostras de homofobia no Twitter.
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Na noite do domingo 18, Jefferson associou sexo gay a algo "sujo" (a palavra foi usada três vezes) e atacou lideranças do Estado de São Paulo afirmando que todos são gays.
No primeiro post, lastimável, o ex-deputado federal escreveu: "Não há glamour na pederastia, é um sexo sujo e sádico. Provoca dor no sodomizado. Se é um esculacho prazeroso, é sujo, pois o falo sai do esgoto sujo de excrementos. Se o cara comeu feijão, a cabeça volta coroada de cascas. Sem glamour."
Na sequência, Jefferson associou os homens que ocupam alguns dos principais cargos na política paulista à homossexualidade, utilizando-se de xingamentos como "bando de alces".
"Em São Paulo o poder é gay; o governador, o vice, secretários de estado, o prefeito, nossa senhora!, é uma fauna. Um bando de alces, politicamente incorretos; histriônicos, vaidosos, autoritários, sem valores e corruptos. Gente sem limite, capaz de tudo. Vamos enfrentá-los", escreveu.
A referência explícita foi ao governador João Doria (PSDB), o vice-governador Rodrigo Garcia (DEM) e ao prefeito Bruno Covas (PSDB).
Nos comentários de ambas as publicações, boa parte de seus seguidores ironizou a homossexualidade, concordando com as colocações. Houve até duas seguidoras que defenderam o assassinato de gays.
Em julho, Jefferson já havia dado mostras de homofobia. Ele chamou os ministros do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso e Edson Fachin de, respectivamente, "Lulu Boca de Veludo" e "Carmen Miranda" e afirmou "você imagina um homem desses julgando".
Segundo a Folha de S.Paulo, um grupo de advogados estudava representar contra o ex-deputado no Ministério Público.
Nos últimos meses, foram inúmeras as defesas do ex-deputado ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas redes sociais.
Jefferson participou do esquema de corrupção conhecido como "mensalão" e perdeu o mandato em 2005 após 22 anos no Congresso Nacional por esse motivo. Quando deputado, ele foi relator de projeto que legalizaria união civil de homossexuais apresentado pela ex-deputada Marta Suplicy e defendia os direitos LGBT.