Confeccionada há 43 anos, uma das duas bandeiras originais do orgulho LGBT estará em exposição em São Francisco, Estados Unidos.
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Originalmente, as flâmulas, feitas para celebrar a "liberdade e consciência gays" mediam quase nove metros por 18 metros. Uma foi roubada e outra, considerada perdida.
A peça encontrada está danificada, mas sobraram quase nove por quatro metros.
Elas foram desenhadas em 1978 pelo ativista gay Gilbert Baker e confeccionadas por um grupo de voluntários.
Baker atendeu pedido do também militante Harvey Milk que queria substituir o triângulo rosa - então o mais conhecido ícone gay - porque este simbolizava a perseguição dos homossexuais pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
As bandeiras - com oito cores - marcaram a Parada do Dia da Liberdade Gay em São Francisco.
Um ano depois, passou-se a utilizar, como tem sido feito até hoje, a versão com seis cores.
O tecido pink estava em falta no mercado e o azul turquesa foi retirado por Baker por que a ideia era dividir as cores da bandeira em três de cada lado nos postes de luz da Market Street para a parada de 1979. Com sete cores, a divisão ficaria irregular.
Baker morreu em 2017. Dois anos depois, a bandeira foi encontrada mofada em uma caixa em meio a seus pertences. Ela foi levada à irmã do ativista, que doou à Coleção Gilbert Baker do Museu e Arquivos da Sociedade Histórica GLBT de São Francisco.
A instituição levou a bandeira a especialistas em tecido para confirmar que a peça foi mesmo fabricada em 1978.
"Para pessoas LGBTQ, existem poucos artefatos que carregam o significado histórico, político e cultural desta obra de arte, a bandeira do arco-íris original", afirmou o museu.
"Estamos profundamente gratos que Gilbert Baker salvou este fragmento e que ele foi trazido para São Francisco. Acreditamos que sua mensagem de diversidade, libertação e esperança continuará a inspirar as pessoas queer nas próximas gerações."
A peça é o item central da mostra "Performance, Protesto e Política: A arte de Gilbert Baker", no espaço cultural.