Apesar de ter elegido pela primeira vez uma deputada transexual, São Paulo também votou em pessoas transfóbicas.
Curta o Guia Gay São Paulo no Facebook
Em discurso no plenário da Assembleia Legislativa, na quarta-feira 3, o deputado Douglas Garcia (PSL) afirmou que agrediria uma mulher trans se a visse em um banheiro feminino.
"Se um homem que se acha mulher entrar no banheiro em que estiver minha mãe ou minha irmã, tiro de lá a tapa e depois chamo a polícia", afirmou Garcia, segundo a Carta Capital.
A deputada Erica Malunguinho (Psol), que é transexual, assumiu o microfone: "Discurso como você proferiu aqui mata vítimas todos os dias. O sangue das travestis e transsexuais escorre pelas suas mãos."
Depois, Garcia tentou um pedido de desculpas. "Muito embora eu possua a imunidade parlamentar, assim como os demais 93 deputados daqui, gostaria de pedir desculpas caso as palavras ditas mais cedo tenham ofendido alguém.'
Erica não aceitou o pedido e sugeriu que o deputado criasse pontes com a comunidade LGBT. "Quero que você elabore pautas para mostrar que não violenta e discrimina pessoas trans. Desculpa não adianta nada." A
A Bancada Ativista do Psol entrará com um processo contra Garcia por quebra de decoro parlamentar.
Todo esse embate foi em meio à discussão do projeto do deputado Altair Morares (PRB) que pretende proibir pessoas trans de jogarem nas equipes em que escolherem baseadas no gênero.