Um jornalista egípcio foi condenado à prisão por ter transmitido uma entrevista com um homossexual na TV.
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Mohamed al-Gheiti, que já havia dado declarações homofóbicas no passado, conversou com um garoto de programa em agosto de 2018.
Na entrevista, o profissional do sexo teve seu rosto embaçado para não ter sua identidade revelada e falou sobre prostituição e relações com outros homens.
Na época, o canal de TV LTC chegou a ser suspenso por duas semanas pelo Conselho Supremo de Regulamentação da Mídia, segundo o The Independent.
O motivo seria porque a emissora não cumpriu a regra de "proibir o aparecimento de homossexuais ou promover seus slogans".
Já na sentença, proferida neste domingo 20, Mohamed foi condenado a um ano de prisão por "promover a homossexualidade, incitar a devassidão e a imoralidade e desprezo à religiçao". Após ser libertado, ele ficará mais um ano sob vigilância.
O apresentador também foi multado em 3 mil libras egípcias (cerca de R$ 630). Ele pode ficar em liberdade sob pagamento de 1 mil libras egípcias enquanto apela da sentença.
A homossexualidade não é proibida criminalmente no país, mas policiais egípcios costumam evocar leis contra a moralidade para punir homossexuais, que podem ser condenados a até 17 anos de prisão e/ou a trabalhos forçados.