2019: quando o Brasil tornou-se exemplo mundial em direitos LGBT

Esqueça opiniões! O fato é que o Brasil é um dos poucos do mundo que garantem os 3 principais direitos arco-íris

Publicado em 31/12/2019
brasil cidadania LGBT
Temas de paradas no passado e as conquistas atuais mostram evolução do Brasil. Foto: Paulo Pinto

Por Welton Trindade

O ativismo faz de tudo para esconder. A lacração prefere ignorar. A sociedade em geral não tem obrigação de negritar. Esses são os apesares, mas, para além deles, e para derrotá-los, é preciso registrar o quanto 2019 foi histórico e positivo para a cidadania LGBT no Brasil. 

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Foi neste ano que o país fez a trinca principal dos critérios adotados para avaliar o nível da cidadania arco-íris de uma nação. E aqui não é questão de discutir porque não é algo aberto a opiniões: o Brasil tornou-se referência mundial em direitos arco-íris. 

Conclua você! Vá procurar as principais demandas do movimento LGBT dos anos 1980 e 1990. Lembre ou pesquise os temas das paradas nas últimas duas décadas. 

Nos dois casos, você verá muitas vezes: "Somos família sim", "Respeito à identidade de gênero", "Criminalização da homofobia já".

Vamos aos fatos-conquistas: em 2013, o casamento homo passou a ser reconhecido no Brasil; em 2018, pessoas trans conquistaram o direito de mudar gênero nos documentos oficiais; e eis que em 2019 a discriminação contra LGBT tornou-se crime inafiançável e imprescritível. 

Simplesmente os três mais estridentes gritos do ativismo e da comunidade LGBT brasileira transmutaram-se em realidade! 

E isso é sim (de novo, fato) um exemplo mundial. 

Sabe quantos países no mundo aceitam o casamento entre pessoas do mesmo sexo? Apenas 28. De novo: 28 de quase 200! E o Brasil não é uma Holanda com apenas 17 milhões de habitantes! Somos o quinto mais populoso país do mundo! 

Respeito à identidade de gênero? A Europa, tida, quase sempre com razão, como lugar dos direitos civis, tem minoria dos países que concedem esse direito básico às pessoas trans.

Balanço de 2017 dava conta que 22 nações da região exigiam esterelização de indivíduos que quisessem retificação de gênero e nome. Algo que nunca foi exigido no Brasil.

Quanto à criminalização do preconceito contra LGBT, pouco mais de 40 países a fazem. E o Brasil é o segundo maior país do mundo a fazê-la (só perde para os EUA). Outros 70 criminalizam... a homossexualidade, principalmente a masculina. 

Dentre tantos números, é para ter muito orgulho do caminho que faz o Brasil ser um dos poucos no globo que oferecem os três direitos ao mesmo tempo. 

Que em 2020 ganhemos mais um: o de não haver ativismo e lacração tóxicos. No lugar deles, que impere o valor que precisamos dar a nossas conquistas para além de viralatismos purpurinados. 


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