Quem acompanha a cena noturna LGBT paulistana já percebeu que cada vez mais mulheres comandam as pick-ups.
Curta o Guia Gay São Paulo no Facebook
O espaço que elas têm conquistado no mercado de trabalho reverbera também nas festas e clubes e a inclusão é mais que bem-vinda.
Um dos maiores responsáveis por fomentar essa inclusão feminina na cena, o grupo Superfestas promove uma noite comandada apenas por mulheres nesta quinta-feira 24, a Code Pink.
"Eu acho incrível ver as mulheres comandando as pistas, elas têm uma presença de palco e um carinho pelo público muito grande! Elas lutaram e conquistaram o espaço delas no mercado dos DJs! O público ama as meninas!", comentou Maurici Salles, sócio-proprietário do Superfestas, ao Guia Gay São Paulo.
Hugo Henrique, também sócio-proprietário da empresa, faz coro. "Ter as mulheres nos lines sempre foi um diferencial de nossas festas, elas criam uma ligação com o público que é simplesmente inexplicável. O mais legal,é que essa ligação não é somente nas festas, vemos esse carinho também nas redes sociais, elas são criativas e estão sempre buscando inovar, acredito que seja por isso que elas vêm crescendo diariamente", comemora.
No line-up desta edição super feminina estão Fernanda Tavares, Jessica Nunes, Jully Beats, Má Rodrigues, Mari Casagrande, Nathalia Lopes, Priscila Nogueira e Thay Pires.
O Guia Gay São Paulo conversou com algumas dessas feras para saber como observam esse momento tão especial de ocupação feminina na cena noturna:
Fernanda Tavares
"Muito bom ter o reconhecimento do público LGBT e poder tocar nas festas! Pois são as festas mais animadas e divertidas, uma vibe incrível, pois nós mulheres chegamos para ficar!"
Jéssica Nunes
"Está sendo um momento incrível de reconhecimento, não só na cena mas no mercado de trabalho em geral, as mulheres vêm quebrando o preconceito e mostrando que tem talento e capacidade de sobra!"
Má Rodrigues
"Eu acho maravilhoso o espaço e destaque que nós DJs mulheres conquistamos cada vez mais na cena LGBT. Acredito que temos uma sensibilidade e carisma maior e mais aflorado e conseguimos transmitir isso para o público dentro e fora dos palcos. O público gay cria um carinho e admiração muito grande pela gente e isso é super gratificante."
Mari Casagrande
"Em pleno século XXI, no qual as mulheres ainda travam batalhas contra o preconceito e discriminação, ser destaque em uma profissão que antes era bem vista apenas por homens é de extrema satisfação e nos deixa aliviadas por estarmos no caminho certo e por indicar que essa batalha está sendo vencida."
Priscila Nogueira
"As mulheres tomaram uma proporção em todos os sentidos e no comando das pistas não poderia ser diferente. Hoje é cada vez mais comum ver mulheres no line-up das festas e fico extremamente feliz com essa evolução e reconhecimento."
Thay Pires
"O momento atual das DJs mulheres na minha visão está maravilhoso e muito gratificante, para nós que vivemos de levar alegria por meio da música. À cada apresentação o público participa do começo ao fim, desde a nossa publicação do flyer das festas nas redes sociais até aos aplausos no final do nosso set, é muito carinho e isso só faz eu me preocupar mais e mais com os meus sets e figurinos!"
Mais informações sobre a festa, que acontece na Zona Oeste, você tem em nossa Agenda clicando aqui.